quarta-feira, 6 de maio de 2015

O GIGANTE DA COLINA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 6 de maio de 2015 - Crônica Nº 1.424

Não, não estamos nos referindo ao nosso glorioso Vasco da Gama, mas sim, ao hospital que leva o nome do Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo.


Ao falarmos sobre o Dr. Clodolfo Rodrigues, na Rádio Milênio, quando entrevistado sobre a história de Santana do Ipanema, semana passada, tivemos uma surpresa. A senhorita Maria da Luz, irmã do médico, nos telefonou agradecendo pela referência sobre aquele ilustre personagem. Consideramos o gesto grandioso, como os que acham dinheiro e devolvem ao dono, sendo motivo de alarde na grande mídia. O costume de agradecer, de fato vai se diluindo com o tempo junto com a forma de pedir desculpas pelos erros cometidos.

O Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo, hoje no Recife, é filho do saudoso comerciante Marinho Rodrigues, que possuía armazém de secos e molhados no “prédio do meio da rua” (atualmente demolido). Viera para Santana do Ipanema após uma investida cangaceira no serrote da Furna, em 1926. Marinho, além de comerciante era proprietário de terras na periferia de Santana, na região da serra Aguda. Das suas terras nasceu o que chamamos Conjunto Marinho. Herdeiro dos seus terrenos, o Dr. Clodolfo possuía as que hoje pertencem ao hospital. Mais acima da colina, após a unidade, sua fazenda foi vendida e acha-se loteada para conjunto residencial.

Clodolfo Rodrigues de Melo estudou no Recife, formou-se em Medicina e veio clinicar em Santana do Ipanema, sendo o primeiro médico da terra a realizar esse mister. Prestou relevantes e impagáveis serviços à população da terra, sendo muito mais que justa a homenagem em torno do seu nome no hospital da Cajarana.

Os serviços prestados pela unidade ainda divide opiniões, porém, o intuito aqui é apenas situar a parte física que vai do Conjunto Marinho à Cajarana. Um verdadeiro Gigante da Colina é o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo, situado na parte mais alta de Santana do Ipanema no grande Bairro Floresta. A sua frente voltada para o lado centro da cidade, representa um dos mais belos mirantes da periferia. Infelizmente a estrada de acesso ainda é estreita e à base de paralelepípedos. Até quando, não sabemos.

A propósito, temos a última entrevista gravada pelo médico santanense. Última, devido a sua fragilidade física. Um herói desbravador da Medicina no sertão alagoano. 


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