segunda-feira, 2 de março de 2015

MINHA CAMA

Por José Ribamar

O sono me acorrenta
Como se fosse meu dono
E você humildemente
Me deixa matar o sono-
Em cima do corpo seu
Que permite o corpo meu
Dormir até com quem ama,
Há muita coisa bem feita
Só não existe perfeita
Como você minha CAMA.

Me remexo, me espreguiço,
Me levanto, volto e deito
E sempre sou recebido
Por você do mesmo jeito.
Comigo o amor celebra...
Você range, mas não quebra,
Padece mas não reclama,
Até espanta meus medos,
Os meus melhores segredos
Devo a você minha CAMA.

Você me recebe ébrio,
Preocupado, chorando
Enfadado, sem enfado
Sóbrio, sorrindo, cantando.
Liso, sujo, desgostoso,
Sem roupas, triste, cheiroso
Sem aceitação, sem fama
Porque tamanha afeição?
Do fundo do coração
Amo você minha CAMA.

Relaxo, renovo às forças
Me levanto, vou à luta
Canso, volto, te procuro
E como quem me escuta.
Sem nenhum tipo de queixa
Você de novo me deixar
Dormir sem ou com pijama,
Às vezes de qualquer jeito
Ai de mim sem o direito
De ter você minha CAMA.

01-03-2015.

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

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