Por Clerisvaldo B.
Chagas, 2 de março de 2015 - Crônica Nº
1.377
Pode-se dizer
mesmo que houve festa no CEO. Um jogo aguardado com muita expectativa em Olho
d’Água das Flores terminou premiando o dono da casa. O futebol mostra mais uma
vez que nome famoso e mídia farta não ganham combate.
Ivanzinho,
do CEO. Foto (Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas).
Na tarde de
ontem, no sertão alagoano, o tempo estava ensolarado e nada fazia prever sua
mudança. Recebendo a visita do Centro Sportivo Alagoano (meu velho CSA), o
Centro Esportivo Olhodaguense ─ CEO, não se intimidou com o nome tradicional do
futebol de Maceió. O CEO convenceu jogando com garra e plano tático, cujo nó de
marinheiro o adversário não conseguiu desatar.
No interior,
onde a diversão popular é pouca, fez o jogo CSA X CEO tornar-se uma atração,
não somente local, mas ponto de convergência de torcedores dos mais diferentes
municípios do Médio e Alto Sertão.
No decorrer da
partida o tempo começou a mudar e, o céu de cima quis prestar uma homenagem ao
CEO de baixo. Nuvens cinza e chumbo foram se acumulando e uma boa chuvada caiu
no Estádio Edson Matias e na cidade de Olho d’Água das Flores. A torcida
liberou o grito da garganta, comemorando a vitória do time da casa e a chuva
que molhava a multidão desprevenida. Os torcedores, nessas alturas, cantavam e
pulavam de alegria, auxiliados pela chuva que também viera juntar-se à vitória
no Edson Matias. O tempo escureceu, refletores iluminaram o campo e, a torcida
não parava de comemorar.
Olho d’Água
das Flores vivia uma tarde gloriosa, quando passou mais de 90 minutos
focalizada e sendo a atração estadual. Quanto dinheiro não rolou na cidade
entre as mais diferentes atividades econômicas. Goste-se ou não de futebol, mas
o danado do esporte bem alavanca as finanças.
Com inúmeras
pessoas com dinheiro no bolso, à tarde festiva foi encerrada em Olho d’Água.
Em Santana do
Ipanema, cidade localizada a 20 km do jogo; da chuva de Olho d’Água das Flores
chegaram apenas relâmpagos e trovões, como se fossem foguetório comemorando a
vitória do CEO, de 1 X 0, pela vizinhança.
Que tristeza
para o nosso glorioso Ipanema! Mas com persistência e força, logo chegará a sua
vez.
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