sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

OS COQUEIROS

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 1º fevereiro de 2013. - Crônica Nº 958

OS COQUEIROS

Faz bastante tempo que o artista plástico Roberval Ribeiro, hoje empresário, elaborou um quadro interessante. O artista inspirou-se numa paisagem que havia às margens do riacho Camoxinga. Havia ali uma fileira de três ou cinco coqueiros finos, altíssimos e maltratados. Estavam noamplo terreno que fazia fundos do casarão do Padre, depois cônego José Bulhões. Esse local já foi matadouro municipal ao ar livre, margeado à distância por casas de prostituição.Ribeiro retratou a paisagem natural em tela miúda, ocasião em que na hora do acabamento a tinta embolou em certa região do quadro, deixando o pintor aborrecido. Não havia como consertar. Quando eu esperava que Roberval fizesse o que os escritores fazem quando não se agradam do texto escrito por eles - lixeira - o homem fez diferente. Adicionou o seu quadro à coleção de vendas. Vi imediatamente que a tela da pintura defeituosa se tornaria histórica e nem sei porque não a adquiri. Foi feita uma exposição por Roberval Ribeiro em Santana do Ipanema (homem que produziu histórias em quadrinhos e expôs em várias partes do Brasil e do estrangeiro os seus trabalhos), noite em que todas as telas foram vendidas, inclusive, àquela.
    
(Ilustração de coqueiro - Wikipédia)

As sucessivas administrações municipais, por isso ou por aquilo, foram deixando que o acervo histórico do município fosse sendo lapidado, corroído, extinto. A casa do padre José Bulhões, como exemplo,  personagem que marcou época em Santana, ruiu pelo abandono. O lugar retratado na tela do santanense transformou-se em paisagem urbana, quando ali na terra dos coqueiros surgiu o Bairro Artur Morais, originário da compra do terreno e doação aos pobres na gestão do prefeito Paulo Ferreira. A área enorme quintal do padre, matadouro de bovinos chamado Matança, antigo cabaré, foi totalmente preenchida em pleno centro da cidade. Como saber, então, como era antes esse local vendo o quadro tão diferente, do pintor? Por uma parte da parede inconfudível dos fundos do Mercado de Carne.
Meu vaticínio se concretizou. Não tendo fotografias da época da paisagem natural, a tela defeituosa tornou-se relíquia para a história de Santana. Seria bom que a prefeitura, através do Departamento de Cultura, pudesse adquiri-la e a doasse ao Museu Darras Noya com o histórico merecido. Ah, sim! Você deve estar querendo saber a quem pertence hoje esse trabalho. Não sei. Mas tenho quase certeza de quea tela foi comprada na exposição pelo comerciante Benedito Pacífico, proprietário do "Biu's Bar e Restaurante", Rua Delmiro Gouveia, em Santana do Ipanema. Diretor de Cultura Fernando Valões, vamos procurar OS COQUEIROS. 
  
Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).



Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia). 
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/01/os-coqueiros.html

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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