Por: Rostand Medeiros

Por estes dias
eu estava na praia de Barra de Tabatinga, uma das nossas idílicas praias do
litoral potiguar, visitando a casa de alguns amigos, quando uma movimentação
estranha na beira mar chamou a nossa atenção.
Havia um
pessoal vendo algo na beira da praia, que de longe não dava para saber o que
era. Aí fomos lá dar uma caminhada e ver o que seria aquilo. Logo ficou patente
que era a carcaça de um animal morto e mais perto vimos que era uma tartaruga
marinha.

O animal tinha
em torno de 1,20 x 0,70, ainda não exalava mau cheiro, mas sua carcaça estava
bastante detonada, com uma parte do intestino do quelônio já fora do corpo.
Mas o que
chamou realmente a nossa atenção foi a falta da cabeça do bicho. Parecendo que
a mesma havia sido cortada. Mas por quem?
Teria sido
outro animal marinho?

Segundo o site
do Projeto Tamar (http://www.tamar.org.br)
as tartarugas marinhas são muito vulneráveis ao saírem dos ovos. Os primeiros
predadores naturais são raposas, caranguejos e formigas. Ao nascerem, os
filhotes se tornam vulneráveis à predação por aves marinhas, caranguejos,
polvos e uma grande diversidade de peixes marinhos.
Na maturidade,
as tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação, a não ser pelo
ataque ocasional de tubarões e orcas. A exceção é a desova, o momento mais
vulnerável na vida de uma fêmea adulta, pois é quando ela está fora do mar. Na
praia, perde a agilidade, torna-se lenta e indefesa, fica totalmente exposta
aos ataques de predadores como onças-pintadas.

Mas nenhuma
ameaça natural, por si só, é capaz de representar perigo de extinção para as
tartarugas marinhas. São as atitudes predatórias do homem que as colocaram
nessa situação de risco.
Então seria
algum tubarão que papou a cabeça da tartaruga que chegou morta a praia de
Tabatinga?
Pode até ser,
mas sinceramente duvido!
Bom, não sou
especialista em nada disso, mas o corte estava tão reto, tão bem feito que me
pareceu ter sido feito por faca.

Praia
de Barra de Tabatinga
Evidentemente
não tivemos como saber se este animal se enroscou em alguma rede, ou pegou
alguma isca. Mas como a pesca de tartarugas marinhas é proibida por lei no
Brasil, mão fica difícil imaginar que seria mais fácil para algum soltar a
carcaça do animal cortando a cabeça.
Extraído do blog do historiógrafo Rostand Medeiros
http://tokdehistoria.wordpress.com
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