sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

TARTARUGA ENCONTRADA MORTA NA PRAIA DE BARRA DE TABATINGA

Por: Rostand Medeiros
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Por estes dias eu estava na praia de Barra de Tabatinga, uma das nossas idílicas praias do litoral potiguar, visitando a casa de alguns amigos, quando uma movimentação estranha na beira mar chamou a nossa atenção.

Havia um pessoal vendo algo na beira da praia, que de longe não dava para saber o que era. Aí fomos lá dar uma caminhada e ver o que seria aquilo. Logo ficou patente que era a carcaça de um animal morto e mais perto vimos que era uma tartaruga marinha.

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O animal tinha em torno de 1,20 x 0,70, ainda não exalava mau cheiro, mas sua carcaça estava bastante detonada, com uma parte do intestino do quelônio já fora do corpo.

Mas o que chamou realmente a nossa atenção foi a falta da cabeça do bicho. Parecendo que a mesma havia sido cortada. Mas por quem?

Teria sido outro animal marinho?

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Segundo o site do Projeto Tamar (http://www.tamar.org.br) as tartarugas marinhas são muito vulneráveis ao saírem dos ovos. Os primeiros predadores naturais são raposas, caranguejos e formigas. Ao nascerem, os filhotes se tornam vulneráveis à predação por aves marinhas, caranguejos, polvos e uma grande diversidade de peixes marinhos.

Na maturidade, as tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação, a não ser pelo ataque ocasional de tubarões e orcas. A exceção é a desova, o momento mais vulnerável na vida de uma fêmea adulta, pois é quando ela está fora do mar. Na praia, perde a agilidade, torna-se lenta e indefesa, fica totalmente exposta aos ataques de predadores como onças-pintadas.

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Mas nenhuma ameaça natural, por si só, é capaz de representar perigo de extinção para as tartarugas marinhas. São as atitudes predatórias do homem que as colocaram nessa situação de risco.

Então seria algum tubarão que papou a cabeça da tartaruga que chegou morta a praia de Tabatinga?

Pode até ser, mas sinceramente duvido!

Bom, não sou especialista em nada disso, mas o corte estava tão reto, tão bem feito que me pareceu ter sido feito por faca.

Praia de Barra de Tabatinga
Praia de Barra de Tabatinga

Evidentemente não tivemos como saber se este animal se enroscou em alguma rede, ou pegou alguma isca. Mas como a pesca de tartarugas marinhas é proibida por lei no Brasil, mão fica difícil imaginar que seria mais fácil para algum soltar a carcaça do animal cortando a cabeça.

Extraído do blog do historiógrafo Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.wordpress.com

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