Por: Clerisvaldo
B. Chagas, 4 de novembro de 2012. Crônica
Nº 921

RIBEIRA DO PANEMA
Há mais
de 30 anos lançamos o nosso primeiro livro, romance intitulado “Ribeira do
Panema”, baseado na época 1930. O livro foi lançado em Santana do Ipanema, no
Tênis Clube Santanense e na cidade ribeirinha de Pão de Açúcar. O escritor
palmeirense, Luiz B. Tôrres, assim se referiu em prefácio:

“Os vários
aspectos da vida nordestina, principalmente aqueles vividos pela população
interiorana, formam um celeiro inesgotável de material para romancista e,
sobretudo, de subsídios inestimáveis para estudiosos de sociologia. Embora
muito já se tenha escrito a respeito, há lacunas a serem preenchidas. Muita
coisa resta por escrever ainda.
Se é verdade
que um Graciliano Ramos, um José Américo de Almeida, luminares da literatura
nacional, publicaram vários livros sobre o assunto, isto, porém, não impede que
outros possam fazê-lo. Não se pode encerrar a vida sertaneja entre as capas de
cinco ou seis livros apenas. Está sobrando material ainda. Material inédito,
capaz de encher muitos e muitos volumes, sem dúvida alguma. Aqueles escritores
não esgotaram a fonte, ela está praticamente virgem e jorrando aos borbotões.
(...)
Clerisvaldo Braga das Chagas, santanense de 29 anos, terceiroanista de Estudos
Sociais, está estreando com o romance RIBEIRA DO PANEMA. Como Agente
de Coleta do IBGE, profissão que o obriga a comunicar-se com pessoas e a
inteirar-se de situações, armazenou boas estórias e tipos humanos que agora os
enfeixou num romance de grande estilo. Basta dizer que o li, do começo ao fim,
sem larga-lo, fascinado pelo enredo atraente e empolgado pela fidelidade com
que abordou aspetos sociais do sertão.
Há de tudo no
seu livro: política, sexo, folclore, sangue, desmandos e traições. Há doçura e
maldade. É agressivo e romântico. Quando cheguei á última página, fiquei
lamentando que o livro não se prolongasse mais. (...)
(...) RIBEIRA
DO PANEMA é um livro fadado ao sucesso e seu autor iniciou muito bem sua
carreira literária”.
Ao ser lançado
em Pão de Açúcar, temos como recordação a foto acima, onde o autor estar
falando ladeado pelo prof. Guimarães, Etevaldo e o escritor Aldemar de Mendonça
e o prefeito da cidade, que nos deram apoio total naquela cidade ribeirinha.
RIBEIRA DO PANEMA.
CLERISVALDO
B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA
– CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
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