Por: Clerisvaldo
B. Chagas, 7 de dezembro de 2012. Crônica
Nº 924

Conversando com
um figurão do estado, ele fez referência a várias personalidades de Santana do
Ipanema, do passado. Não falava de mal nem de bem, mas apenas contava algumas
passagens de cada um e afirmava que gostava muito da nossa terra, onde passara
algum tempo como funcionário público. Fiquei acanhado quando o cidadão falou
levemente no nome do Dr. Edgar. Acanhado porque eu não lembrava quem havia sido
esse personagem. Quando eu tinha doze para treze anos, esse nome estava na boca
do povo de Santana, mas não cheguei a conhecê-lo nem também soube em que ele
trabalhava. Mas como rapazote lembro uma paródia que fizeram e que os meninos a
cantavam nas brincadeiras de rua:
Era noite de
lua
Saí de casa
Fui c... na
rua,
O guarda ia
passando
“Você tá preso
Porque está
c...”
“Seu guarda
Deixe de
besteira
Que essa b...
É de
sexta-feira”
O guarda
Era Lourenço
pegou a m...
E enrolou num lenço
Mandaram examinar
A m... Era do doutor Edgar.
Mandaram examinar
A m... Era do doutor Edgar.
Quando acompanhamos
com interesse as gestões de governantes estaduais e municipais, vamos apontando
defeitos e virtudes, como são natural. Quando a administração vai chegando ao
fim, aquela mesma administração, cujo gestor ou gestora pensava não acabar
nunca, mostra com mais proeminência as mazelas que caracterizaram os dias mais
sofridos para o povo. Muita gente ri às gargalhadas com o fim do império
tapuia, com o cacete que bateu nas urnas, com a ferrugem da justiça que atingiu
a coroa de lata. Bastantes piadas são ditas pelos adversários como as que
mandam “pegar o beco” ou as mais pesadas que mandam os derrotados para “a casa
da peste”. Poucos saem elogiados dessa missão nobre de comandar um estado, um
município. Os elogiados são os humildes, os honestos e exímios administradores.
Os péssimos, além de piadas constantes, ainda levam “bananas” e pragas daqueles
que tanto sofreram em suas unhas. Seria bem interessante se houvesse uma
pesquisa sobre os bons e maus administradores que estão deixando o poder.
Falamos de uma pesquisa séria feita por órgão de credibilidade.
Alguns bons
administradores do estado de Alagoas que estão se despedindo do cargo são
comentados sem muita intensidade. Mas eles existem e conhecemos alguns. Outros,
pedindo desculpa ao leitor amigo, já vão tarde! Não foram melhores do que o
material encontrado pelo GUARDA DA PARÓDIA.
CLERISVALDO
B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA
– CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/12/o-guarda-da-parodia.html
Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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