Por: Clerisvaldo
B. Chagas, 3 de dezembro de 2012. Crônica
Nº 920

DATA
NOVA
Novembro vai
se despedindo e a capital entra no clima natalino. Alguns estabelecimentos
procuram participar com motivos de final de ano e ornamentam suas fachadas.
Muitos economizam sem razão e nada apresentam que indiquem sinal do nascimento
de Jesus. Uma decoração, porém, se sobressai mostrando duas ou três figuras do
folclore alagoano, sobre o Reisado e o Guerreiro. Enquanto o automóvel roda
entre as avenidas da Pajuçara, Jatíuca, Ponta Verde e imediações, o nosso
pensamento vai saltando sem fronteiras entre o litoral e o sertão. Ali, a lua
branca, redonda, espelha-se nas águas no mar, formando um quadro poético e
inspirador para qualquer artista plástico, de passagem. Lá no interior, a seca
comendo todas as economias do sertanejo que aguarda as primeiras trovoadas. E
as avenidas da orla se apresentam com toda majestade, mesclando a beleza
existente com a ornamentação simples de efeito belíssimo no início dessa noite.
As atrações artificiais chegam a desviar os olhos dos motoristas para a posteação
atrativa. As luzes dos prédios, dos carros, dos postes, da lua, vão formando um
ar de nobreza que enleva.
E voltando ao
sertão contemplo a quietude da nossa cidade nesse domingo significativo. Espio
no computador quase esquecido, os e-mails dos camaradas. Agradeço e me emociono
com as mensagens dos que lembraram o meu aniversário. As palavras de conforto e
incentivo valem muito e, como se diz por aqui, não há dinheiro que pague.
Quando se é jovem, aniversário é convite para rodadas de cervejas, agora são
rodadas de bolos e refrigerantes, mais mensagens alusivas. Mais uma etapa
encaixada na missão terrena, aprendendo e descobrindo como crianças. Marco de
meditação sobre a vida, o que foi realizado e o porvir. Os irmãos convidam para
a confraternização familiar entre todas as gerações dos “Braga das Chagas”,
tradição que teve início com o tronco Manoel Celestino das Chagas. Realmente
uma força de aniversário que pode ser na Praia do Francês ou em outro ponto de
Maceió. De qualquer maneira vem chegando o Natal com a ternura de Jesus.
Agradecemos ao Criador por mais um dia na Terra e ficamos disponíveis para seus
novos planos nesse dia de sagitário. Vamos voltar à rotina depois da DATA NOVA.
CLERISVALDO
B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA
– CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense
de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da
Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de
Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva;
membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro
de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um
Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda
Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de
Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente
para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão
detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/12/data-nova.html
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http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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