
FOTO DA
CACHOEIRA DANTAS
O Souza
O Souza era
outro fenômeno da minha época de criança. Conheci-o muito bem porque ele morava
nas terras do meu avô, perto da nossa casa no Baixio Dantas. Ele era alegre,
muito brincalhão e de uma memória prodigiosa, decorava tudo que ouvia. Certa
vez, eu o vi rodeado de pessoas na feira de Várzea Alegre.
Eu tinha oito
anos de idade e sabia ler, e procurava pessoas que soubessem ler também.
Admirei aquela cena e fiquei curioso ao ver aquela multidão ao redor do Souza,
especialmente com desenvoltura com que ele lia aquele conto em voz alta.
Avancei pra
bem perto; ele lia o Pavão Misterioso numa banca que vendia livretos de cordel.
Naquele momento, ouvi uma das pessoas gritar – eita caba danado, esse ai lê até
de cabeça pra baixo! Meu pai depois me explicou o resto da história e pude
conferir que existem analfabetos que sabem ler, mas só em Várzea Alegre.
Professor
Antonio Dantas.
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