Por: Clerisvaldo B. Chagas - Crônica Nº 878

O DRIBLE DA
LUZ
Que coisa
chata, meu amigo! Deixar de ir ao último comício do nosso candidato, para
contemplar Brasil e Argentina e não haver jogo! Quem não conhece as frases
criadas pelo povão: “A volta dos que não foram” ou mesmo: “Poeira
em alto mar”? Menino danou-se! A expectativa de entrarem em campo alguns
jogadores novatos, o novo embate com o nosso vizinho, a emoção de mais um
clássico mundial...

Tudo foi para o beleléu com o vexame passado pela Argentina
na noite de ontem. A juventude diz que é pagar mico. Eita mico fuba da gota
serena! Ainda bem que não foi no Brasil que, por coincidência, sofreu também
ontem à noite um apagão em alguns estados. Ficar o tempo todo na poltrona
comendo pipoca ou bebendo cerveja, é bom quando tem jogo. Depois da força em
que o argentino botou para cantar o hino brasileiro, jogadores em campo e
holofotes cansados, ficamos mais uma porção de tempo, procurando o que não
perdemos. É certo que o estádio não estava completamente lotado, mas era um
clássico valendo alguma coisa.
Vai jogador,
esquenta jogador, esfria jogador e a paciência do povo vai embora. Que situação
ridícula. Duas partidas para decidir um troféu. Ganhamos a primeira no Brasil;
vamos para a segunda na Argentina, mas os refletores parecem abusados. Roda o
juiz querendo agradar, vai aqui, vai ali e Gabriela quer se apresentar. Prazos
cumpridos, acordo firmado, goleiros sobre o não, vamos voltar para o Brasil que
aqui não tem futuro. E como fica o resultado final? Brasil é campeão de um jogo
que não jogou? A Argentina tem direito a espernear pelo segundo jogo em outra
oportunidade? Será que os torcedores gritaram como no Brasil: “Quero meu
dinheiro!?” Os brigões, isto é, as duas seleções, com medo uma da outra,
resolvem tudo na política da boa vizinhança. Se não demos umas tapas nos caras,
mas também deles não apanhamos. Foi muito bom para Mano, ora se não foi! É
melhor deixar a poltrona para lá e partir para a cama enquanto é cedo.
Compromisso perdido,
lá vai o escritor para a justificativa de não vê o jogo de Neymar. Sei não,
acho que todos nós, brasileiros e argentinos, levamos O DRIBLE DA LUZ.
Autobiografia
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual
Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de
Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela
ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema
(romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval
do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do
Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário
romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos –
1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/10/o-drible-da-luz.html
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