Por Clerisvaldo B.
Chagas, 16 de julho de 2015 - Crônica Nº
1.451
Este ano a
Igreja Matriz de Senhora Santa Ana (Santana) assinala 228 anos de fundação,
continuando a ser ainda o mais importante cartão postal da cidade de Santana do
Ipanema, sertão de Alagoas.
Altar
da Matriz S. Santana. Foto: (Clerisvaldo).
Não é somente
a Igreja que aniversaria, mas também todo o município, cuja cidade nasceu junto
à construção do templo católico.
Há 228 anos
chegou a nossa região, o santo, milagreiro e visionário, padre Francisco José
Correia de Albuquerque, conhecido como Santo padre Francisco. Naquele longínquo
ano de 1787, ficou o santo padre hospedado na casa do fazendeiro Martinho
Rodrigues Gaia, que chegara em 1771, após adquirir uma sesmaria, cuja sede
passou a ser a sua fazenda. Francisco trouxe na bagagem uma imagem de São
Joaquim e outra de Santa Ana, diretamente da Bahia, a pedido da esposa de
Martinho, Ana Teresa. Ainda a pedido da primeira devota da santa nessa região,
o padre fez erguer uma capela nas terras do fazendeiro, contando bastante com
sua ajuda.
Erguida a
capela, Francisco dourou o altar e esculpiu em madeira a imagem do Cristo
Crucificado. Terminado o serviço, o padre colocou no altar as imagens de São
Joaquim, Senhora Santana e o Cristo por ele confeccionado. A capela foi
inaugurada em 1787, mesmo ano em que o sacerdote chegara ao lugar. Daí em
diante, o arraial de mamelucos formado entre 1771 e 1787, passou a ser chamado
de SANT’ANNA DA RIBEIRA DO PANEMA.
A capela
fundada pelo padre Francisco Correia, recebeu sua primeira reforma em 1900,
através do pároco de Santana, Capitulino de Carvalho, natural de Piaçabuçu
(AL). Sua segunda grande reforma teve início em 1947, quando estava à frente
dos seus trabalhos o cônego José Bulhões, natural do povoado sanfranciscano de
Entremontes (AL).
Vai ter início
a grande festa de Senhora Santana, a maior festa religiosa do interior de
Alagoas, em cima dos seus 228 anos.
* baseado no livro: "O boi, a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema. Foto do livro inédito: "228".
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