Por Clerisvaldo B.
Chagas, 2 de junho de 2015 - Crônica Nº
1.433
Completamos 59
anos da primeira rodovia asfáltica de Alagoas. Foi no dia 29 de janeiro de 1956
quando aconteceu a inauguração do trecho Palmeira dos Índios – Maceió, ainda no
governo estadual de Arnon de Mello. A citada rodovia pegava os limites do Sertão/Agreste,
Zona da Mata e litoral. Isso representou um marco e tanto no desenvolvimento do
estado e um suspiro de alívio profundo para os habitantes do sertão extremo.
Pelo menos se excluía a metade do sofrimento de viagens longas até a capital. A
metade porque a banda oeste ainda teria de enfrentar a lama, a poeira,
atoleiros e catabis até encostar-se à “Princesa do Agreste”, Palmeira dos
Índios, oásis dos viajantes sertanejos.
ANTES
ERA TREM. Foto: (alagoastempo.com.br).
Nos anos 70 e
80 já estavam definidos os pontos de paradas que os interioranos empreendiam
até Maceió, em carro pequeno. Palmeira estava fora, e resumiam-se em três os
lugares do desjejum. O primeiro era na “Cabeça d’Anta”, entre Palmeira dos
Índios e Belém, lugar de terras férteis, barro vermelho e pomares. Era a parada
da fruta, onde à margem direita da BR-316 havia uma pequena construção repleta
de frutos, sendo o coco verde o carro-chefe mais um engenho manual para caldo
de cana. Os automóveis faziam fila no acostamento. Ainda hoje a pequena
construção existe, sem as vendas.
A segunda
parada ficava após Maribondo, nas curvas de sopé de montanhas, de nome Salgado,
lugar de águas excelentes. Era um bom café da manhã. Atualmente a casa de
varanda ainda resiste, quase em ruínas.
DEPOIS
O ASFALTO. Foto: (agenciaras.al.gov.br).
A terceira
parada, para quem queria café reforçado era no sítio Corumbá, perto de Atalaia,
onde havia um restaurante à margem direita e, um tipo de macaxeira chamada
macaxeira ouro (tinha essa cor), muito saborosa. Mas, como os outros marcos,
pelo menos ainda resta à construção azul para os que não apagaram da lembrança
Para quem ia a
Maceió nos antigos ônibus da Companhia Progresso, de motor à frente, a parada
se dava em Maribondo na “Churrascaria Brasília”, de um italiano, repleta de
pensamentos escritos nas paredes.
E antes? Ah,
sim! E antes? Pesquise, pesquisador.
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