Por José Ribamar
Nasci da luz
da coragem
E da força da vontade.
Filha de dum simples guerreiro
Morador duma cidade
Regida pela política
Que desconhece a verdade.
Na Ferreira
Itajubá
Abri os olhos pra o mundo.
Leandro meu pai, meu tudo,
Tinha um orgulho profundo
De mim, por não separar-me
Dos meus sonhos um segundo.
Numa casa
muito simples
Sem brilho de burguesia,
Muito cedo comecei
Repassar sabedoria,
Preludiando o destino
Que mais tarde seguiria.
Por ali via
passar
Grandes profissionais
E também autoridades
Representando sinais
De superação e garra,
Atributos pessoais.
Nos áureos
tempos do útil
Exame de admissão,
Para cursar o ginásio
Preparei meu coração
Pra mostrar como se voa
Sem tirar os pés do chão.
Conclui o
científico
Num colégio estadual.
Nesse tempo escola pública
Tinha futuro e moral
E qualidade também
Para o bem do pessoal.
Olhando os
céus do futuro
Feito uma águia real,
Em Mossoró comecei
Minha luta genial
E terminei nas entranhas
Do Atheneu de Natal.
Com alunos
abastados
Estudei economia,
Tirando as melhores notas
Que na escola existia.
Para mostrar que dinheiro
Não pare sabedoria.
Ali cantava de
rei
O poder aquisitivo,
Mas a minha inteligência
Superava todo crivo
Não permitindo ninguém
Vencer meu objetivo.
Cola na hora
da prova
Cheguei até a vender.
No curso de matemática
Vi desmando acontecer
E vi que pobre se forma
Pela força do querer.
Com um caderno
amarelo
Vi professor exibido,
Dando aula todo dia
Dando uma de sabido,
Porque político corrupto
Tinha lhe favorecido.
Em três anos
terminei
O curso, graças á Deus.
Uns passaram nove anos,
Fervendo os miolos seus,
Enquanto com três, apenas
Eu tinha esfriado os meus.
Mas quem
custou terminar
Foi quem se deu muito bem,
Porque teve proteção
Presenteada por quem
Pode ter tudo na vida
Mas bom caráter não tem.
O Eco noventa
e dois
Me deixou muito animada,
Fiz Pós em meio ambiente
Mas também não deu em nada...
Mais um sonho na gaveta
Desta guerreira educada.
Hoje sou
aposentada
Mas tendo oportunidade
Ainda dou formação,
Não tendo fico à vontade
Viajando mundo á fora
Só conhecendo cidade.
Adoro França e
Holanda,
De vez em quando visito.
Pelas praças de Bruxelas
Já andei sem ver conflito.
Já posso dizer pra o mundo
O quanto o mundo é bonito. FIM
18 de maio de
2015. José Ribamar
Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso.
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