quarta-feira, 20 de maio de 2015

COMO ABELHA

Por Valberto Barbosa de Sena

PASSA NA PRAÇA COM GRAÇA,
Andando e se rebolando.
Olhando de vez em quando
Para trás enquanto PASSA.
Quem se encontra pela PRAÇA,
Vendo a deusa do amor,
Pensa pelo esplendor,
Dela, não haver parelha
PISANDO O CHÃO COMO ABELHA
PISA NA PÉTALA DA FLOR.

ELA É BELA, E É BEM DELA
Deixar nossas vistas turvas,
Ao olharmos para as curvas
Dando formato pra ELA.
Por saber ser a mais BELA,
Apesar do seu pudor,
Com seu viço e seu frescor,
Faz o que lhe dá na telha
PISANDO O CHÃO COMO ABELHA
PISA NA PÉTALA DA FLOR.

BALANÇA A TRANÇA E NÃO CANSA
Num vai e vem de pagode.
Todo seu corpo sacode
No modo como BALANÇA.
O lá e cá deixa a TRANÇA,
Trançada com tal vigor,
Com o mais alto teor
Da pura lá de ovelha,
PISANDO O CHÃO COMO ABELHA
PISA NA PÉTALA DA FLOR.

VENDO, SABENDO E QUERENDO
Que olhasse pra mim também,
E ela fugindo que nem
Sequer estava me VENDO.
Consciente e já SABENDO
Do meu pequeno valor,
Pra não ouvir meu clamor,
Tapou ouvido e orelha,
PISANDO O CHÃO COMO ABELHA
PISA NA PÉTALA DA FLOR.

SINCERO, EU ESPERO E QUERO;
Mudança das atitudes
Da jovem plena em virtudes,
Pelo quanto sou SINCERO.
Porquanto comigo ESPERO,
Sermos um par com louvor.
Do nosso olhar sonhador,
Trocarmos várias centelhas,
COMO UM CASAL DE ABELHAS
PISANDO A PÉTALA DA FLOR.

V. B. S. ( Água Branca-PB).


Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

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