Por Clerisvaldo B.
Chagas, 1º de abril de 2015 - Crônica Nº
1.399
Mesmo sendo
primeiro de abril, não é mentira. E a lua em quarto-crescente vai subindo no
céu para se encher no sábado de Aleluia.
Novamente
inspeciono a minha cidade que não cabe mais veículos no centro e no centro
periférico.
O principal
centro comercial vai se alongando pela Avenida Coronel Lucena, demolindo os
antigos casarões residenciais de fazendeiros e comerciantes dos tempos de vila.
Essa via principal da cidade, estar se transformando em corredor de luxuosas
lojas passando pelo complexo financeiro, quase no pé do serrote Pelado (Bancos
do Brasil, Caixa e em breve Banco do Nordeste), para desembocar na BR-316, onde
várias prestadoras de serviços estão instaladas e outras se instalando. O
prolongamento do comércio do centro vai se ligando também ao Complexo da
Justiça, em expansão, na saída para Maceió (São Vicente e Lagoa do Junco),
ligando-se ao Complexo Educacional que se forma entre os Bairros Lagoa do Junco
e Maniçoba.
O segundo
comércio teve início no cruzamento Maracanã no Bairro Camoxinga. No início
formado principalmente por oficinas, hoje dispõe de posto de gasolina,
restaurantes, lanchonetes, padarias e outros estabelecimentos. É um comércio de
pequenas coisas, mas intenso e valorizado. Com metade independente, metade
vinda da expansão do comércio do centro, a espinha dorsal do Bairro Camoxinga,
vai fazendo o mesmo papel da Avenida Coronel Lucena: demolindo as moradias e
transformando-se num corredor comercial ligando o Centro ao Maracanã. Deste
ponto, já se ensaia um prolongamento subindo pela Rua Santa Sofia em direção ao
Bairro Lajeiro Grande. Vemos claramente prédios residenciais sendo
transformados em pontos de vendas. Em breve, essa rua que tem um dos melhores
padrões de vida (segundo minhas pesquisas há alguns anos) fará parte do segundo
comércio.
O terceiro
comércio compreende o sopé do Bairro Domingos Acácio. Postos de gasolina,
pousadas, restaurantes, bares, mercadões, madeireiras, manufatura têxtil...
Tudo com intensa movimentação. Esse comércio só se esticou em direção oeste,
até a pequena ponte que liga o Bairro Domingos Acácio ao Bairro Floresta.
Entretanto, muito se expandiu pela AL-220 rumo à cidade de Olho d´Água das
Flores, com o comércio de alimentos e pequenas prestadoras de serviços. Com o
mercadão que está sendo construído na AL (grupo Nobre) e o inicio das
atividades no bairro, de oitocentos prédios que serão construídos no loteamento
da Serra, muito progresso virá para aquela região de Santana. Observem o
futuro: quando a UFAL estiver funcionando ao lado do Hospital Dr. Clodolfo
Rodrigues, com toda a certeza, o comércio que parou na ponte falada acima, terá
prosseguimento até lá. O novo conjunto residencial no loteamento do pé da serra
Aguda ajudará em muito o terceiro comércio que, com todos esse fatores, talvez
ultrapasse o hoje segundo comércio.
O que faz pena
é que não está havendo um acompanhamento fotográfico detalhista na expansão da
cidade, para a História, por parte dos responsáveis. Ninguém mais se lembrará
de nada.
Santana será
uma cidade sem memória.
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