"...Exaurido
o espaço aberto à discussão, falou um velho canção, morador das empenas da
Serra do Cavalcanti, no Município de Caicó. Matador de cascavel de onze enrugas
e sempre de forma festiva, que disse: “moro na caatinga estorricada,quase não
tenho água, vivo da missão inglória de matar serpente, é meu alimento, e no
limite onde termina a vida e começa a morte. Também sou caçado, os gaioleiros
me perseguem, não me querem morto, só lhes sirvo vivo, portanto está em jogo a
minha liberdade. Mas, ouço falar que no templário da justiça dos homens da lei,
tem um chefe ministerial que toma arma de atrevidos e quando avisado protege a
natureza e a nós, sugiro que tenha aviso de toda nossa situação, quem sabe,
possa nos atender”.
A névoa mesmo
em plena era dezembrina, teimava em cobrir a mata, parecia um capricho dos
deuses, que mesmo em bocejos ante a alongada conferência dos que habitam o seio
da mãe natureza, estavam vigilantes com os que sonham, mesmo que esse sonho,
seja apenas um sonho em névoa com ventos de travessia".
Fragmento da
Crônica: "A última Cidadela na Névoa". Texto escrito em defesa da
natureza. (Jair Eloi de Souza).
Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Francisco Borges de Araújo, lá da cidade de Jardim de Piranhas, no Estado do Rio Grande do Norte
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