quinta-feira, 2 de abril de 2015

Outra do Dr. Jair


"...Exaurido o espaço aberto à discussão, falou um velho canção, morador das empenas da Serra do Cavalcanti, no Município de Caicó. Matador de cascavel de onze enrugas e sempre de forma festiva, que disse: “moro na caatinga estorricada,quase não tenho água, vivo da missão inglória de matar serpente, é meu alimento, e no limite onde termina a vida e começa a morte. Também sou caçado, os gaioleiros me perseguem, não me querem morto, só lhes sirvo vivo, portanto está em jogo a minha liberdade. Mas, ouço falar que no templário da justiça dos homens da lei, tem um chefe ministerial que toma arma de atrevidos e quando avisado protege a natureza e a nós, sugiro que tenha aviso de toda nossa situação, quem sabe, possa nos atender”.

A névoa mesmo em plena era dezembrina, teimava em cobrir a mata, parecia um capricho dos deuses, que mesmo em bocejos ante a alongada conferência dos que habitam o seio da mãe natureza, estavam vigilantes com os que sonham, mesmo que esse sonho, seja apenas um sonho em névoa com ventos de travessia".

Fragmento da Crônica: "A última Cidadela na Névoa". Texto escrito em defesa da natureza. (Jair Eloi de Souza).

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Francisco Borges de Araújo, lá da cidade de Jardim de Piranhas, no Estado do Rio Grande do Norte

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