sexta-feira, 17 de abril de 2015

A ESCURIDÃO DOS CASTIÇAIS

Por Jair Eloi de Souza

O candelabro da Ciência Política no Brasil, não consegue iluminar a mente dos próceres que disputam o andor da combalida República do Brasil. Façamos uma viagem pelas possíveis premissas, que justificariam o desandar da carruagem brasileira, que patina no carrossel das medidas inerentes ao ajuste fiscal, verte profunda amargura na crise dos commodities*, ressente-se dos efeitos da inclemente seca, que já não é tratada nos limites do semi-árido nordestino, mas na vastidão das pradarias e pampas do Centro e Sul-Sudeste. Além da evasão dos recursos nas asas da delinquência mórbida de gestores público-privados, que deixa uma ressaca crescente de falta de credibilidade no cenário das grandes transações, no cenário mundial.

Se não bastasse tudo isso. Assistimos a insensatez da classe de dirigentes, líderes e representantes congressuais, de forma escancarada fortalecendo os seus feudos, usando metodologias mais agudas do que as do texto de Nicolau Maquiavel. De um lado, a oposição assumindo uma cavalgada para a pequenez, desnaturando o legado de quase 50 milhões de votos, resultante do último pleito, fuçando a aplicabilidade do impeachment. Uma missão parecida, com a conquista das cavernas de Tora-Bora no Afeganistão, pelas tropas americanas. 

De outra feita, a briga intestina pelo comando do PMDB. Duma franja Eduardo Cunha, “o belicoso”, se apodera. Na outra, Renan administra um vespeiro de reproche ao Governo, tendo como lente, o descontente da refinaria maranhense, um verdadeiro “Do José, na Corte de Rechelieu”, José de Ribamar, conhecido como Sarney. Agora surge Lula, saindo de sua grandeza de estrela no Brasil e no Mundo, como Don Quixote de La Mancha, a peregrinar pelos Estados da Federação, não para salvar a governabilidade de Dilma, a própria Nação dessa nevasca, mas, para tentar preservar os redutos que construiu no passado. Nesse diapasão, a Nação não vai alcançar a luz do túnel. Os pobres sofrerão muito. A classe média, pode mudar de tenda, e ganhar a rua da amargura.

Jair Eloi de Souza

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Francisco Borges de Araújo da cidade de Jardim de Piranhas.

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