Por Jair Eloi de Souza
Estamos na hora vesperal do dia de São José, que é a última cidadela do
imaginário das chuvas, nas veredas dos trópicos nordestinos. Antevéspera, do
canto final do verão. Boca fumegante de travessia política, e onde os
nimbos-cúmulos trovejaram, mas, furtivamente debandaram e não molharam as
terras sertanejas.
Bem cedo, acorri ao Maracujá, ver Chico Marreca, Dona Conceição e Raquel. Havia dias, que não via essa gente boa. Tirei a crosta dos olhos, fiquei receoso de poeira, quentura, e voltar a ver um mundo só cinzento, como dantes. Embora seja e adore o cinzento, mas, o colorido que brota da terra, dos bichos é fantástico. E principalmente das cabritas savanas e Kalahari, poucas, mais lindas.
Mas, há mistério a assuntar, que só o outono, se trouxer as chuvas e brotar folhas, pode dar uma resposta. Não ouvi um canto, sequer de seriemas. Uma mudez que se confunde com a tristeza da babugem murcha e secando, escaldada pelo sol e a ausência de chuvas. Por isso, o apelo outonal. Que São José o bem recepcione.
Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço Francisco Borges de Araújo - Jardim de Piranhas-RN
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