Por Clerisvaldo B.
Chagas, 05 de março de 2015 - Crônica nº
1.380
Quando
falávamos sobre as cidades alagoanas, pronunciei-me dizendo que Santana do
Ipanema era uma cidade calma, boa de se viver. Um cidadão de Olivença, bem
informado do submundo, disse-me com toda educação que ainda hoje a mantém: “Professor,
é muito bom que o senhor não saiba dessas coisas. A cidade parece pacífica, mas
se alguém bater com o pé em cima do tablado, ele desaba de podre”.Sabiamente,
não contestei, mas passei a pensar no assunto de vez em quando.
Prédio
do Congresso. Foto (Marcia & Giancarlo).
Cerca de
quinze depois, chegou àquela cidade o delegado Ricardo Lessa. Foi aí quando
comprovei a veracidade da afirmação oliventina. Foi o delegado Lessa que bateu
com o pé no tablado. Ratos, corvos e morcegos, assanharam-se numa debandada
geral, cujos porões ficaram limpos durante o período do delegado no município.
Os
respeitáveis senhores representantes do povo no Congresso, calmos e intocáveis,
nunca ficaram tão nervosos como agora.
Veja a o que
saiu no G1: “Cerca de 45 políticos de vários partidos são alvos dos pedidos de
abertura de investigação feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), informou nesta quarta-feira (4) o
Jornal Nacional”.
“Entre as
suspeitas sobre esses políticos, há crimes como corrupção e lavagem de
dinheiro, investigados na Operação Lava Jato, que apura pagamento de propina e
desvio de dinheiro da Petrobrás”.
Vá degustando
leitor, sobre os nossos engravatados representantes:
“O Jornal
Nacional apurou que dois dos nomes são os dos presidentes do Senador, Renan
Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB)-RJ)”.
Muito “nego”
sem dormir! Esse período até sexta-feira, quando os nomes deverão ser
divulgados, vai provocar diarreia em muitos e ataque de nervos em outros, meu
compadre, leitor.
Foi Ricardo
Lessa bater a bota no tablado... Desculpe, foi Janot jogar o papelzinho para o
Supremo, que a agitação sob o tablado começou. Só que esses não têm como
“espanar, desertar, fugar... Estão presos na própria armadilha”.
Ah!
Respeitáveis senhores de gravatas.
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