Por José Ribamar
Alves Carvalho
Burocratizei o
acesso íntimo de nós um ao outro
Lavrei a sentença das desilusões dos nossos dois eus,
Ergui uma torre no topo das décadas para nossas almas
Na dor do silêncio, banharem-se nas lágrimas dos olhos do adeus.
Separei as
sombras das nossas loucuras erguendo entre ambas
Um abismo digno de ocultamente torná-las ocultas...
Além de indignas do benévolo mérito de compreenderem
As parábolas mudas escritas nas páginas das epístolas cultas.
Deti no
esquife do esquecimento nossas tentações
Discuti sinônimos de pecado e dor por loucos quereres,
Convenci o tempo que somos apenas um zero a esquerda
Na soma das contas do amor efêmero de todos os seres.
Ofusquei o
brilho da lua criança que buscava brechas
No teto noturno da inebriante alcova alugada,
Para ver as cenas dos nossos intuitos desajuizados
Que não passarão na decrepitude, de um resto de nada.
Meu novo
filho, nascido hoje 13-02-2015.
José Ribamar
Alves Carvalho, poeta popular, natural de Caraúbas/RN
Sou escritor
de literatura de cordel, poeta repentista, cancioneiro e declamador de poesias,
natural do Rio grande do norte. Sou autor dos livros Meia Dúzia de Cordéis,
Brinquedos do Pensamento e Espelho de Carne e Osso. Também Autor dos CD'S: Grão
de Esperança, (Canções) O Mendigo Da Ponte, O que vale é Boi no Chão (Parceria
com Zédimilson), Zé Ribamar & Amigos e Viva o Nordeste (Canções). Outros
contatos: (84) 9166-6680 ou (84) 9939-4669.
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