Por Estadão –
2 de Janeiro de 2015
A presidente
Dilma Rousseff encontrou-se nesta quinta-feira com um grupo de 30 amigas que
ficaram presas com ela nos anos 70, no Presídio Tiradentes, em São Paulo. As
mulheres estavam acompanhadas da cineasta Susanna Lira, diretora do filme 'A
Torre das Donzelas'. O nome do filme, que entrará em cartaz no segundo
semestre, é uma referência à torre onde Dilma e suas companheiras ficaram
reclusas, no Tiradentes.
As amigas de
Dilma foram convidadas para a cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, e
para a festa no Itamaraty. Nas duas ocasiões, Susanna filmou mais algumas cenas
para o filme. "Agora só falta o depoimento da presidente", disse ela.
Para as
mulheres que foram presas políticas com Dilma, a maior alegria do primeiro
mandato foi a conclusão da Comissão Nacional da Verdade, que escancarou as
mazelas da ditadura militar.
"É
impossível não se emocionar", afirmou a pedagoga Maria Luiza Garcia
Belloque, que ficou com Dilma no Tiradentes por mais de um ano. Maria Luiza era
da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e Dilma, da organização de
extrema-esquerda VAL-Palmares. As duas chegaram algemadas ao Tiradentes, após
se encontrarem na Operação Bandeirantes (OBAN) e no Departamento de Ordem
Política e Social (Dops).
"A marca
da Dilma é a consistência. Ela é muito exigente com ela mesma e com os outros.
Por isso é difícil acompanhá-la", disse Maria Luiza. Nós discutíamos
muito, mas sempre chegávamos a um consenso."
Cida Costa,
que ficou na cela com Dilma e era sua companheira na cozinha, contou que as
duas eram o "horror culinário" do presídio. Questionada sobre as
habilidades de Dilma na cozinha, que alega fazer ótimas receitas, Cida caiu na
gargalhada. "Só se ela aprendeu agora. As meninas detestavam quando íamos
para a cozinha. Uma vez fizemos uma sopa de quiabo que ficou famosa, de tão
ruim que era."
No Planalto,
as antigas presas políticas ficaram sentadas no Salão Nobre em cadeiras verdes,
onde se destacava a placa "Amigas da Presidente".
"Espero
que ela concretize tudo o que a população solicitou, especialmente a reforma
política", comentou Eva Teresa Skazufka. "Há muito trabalho a ser
feito com a juventude. Hoje não temos a situação política daquela época, mas
temos jovens perseguidos. A sociedade precisa contribuir com o governo, e não
ficar esperando tudo à mão", emendou a educadora e jornalista Elza
Ferreira Lobo, que ficou dois anos com Dilma no Tiradentes.
Por Vera
Rosa - Brasília
FONTE(S)
IMAGENS
http://www.emresumo.com.br/2015/01/02/amigas-estiveram-presas-dilma-convidadas-posse_68710.html?utm_source=HomePortal&utm_medium=baixaki
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