Por Daniele Starck
A morte da
menina Isabella Nardoni, de apenas cinco anos de idade, em um crime que chocou
o país em 2008, ganhou novas denúncias na última semana. Uma funcionária do
sistema penitenciário afirma ter ouvido confissões de Anna Carolina Jatobá,
madrasta de Isabella, que incriminariam o avô paterno da criança, o advogado
Antônio Nardoni.
Seis anos após
o assassinato, Anna Carolina e Alexandre Nardoni, pai de Isabella e acusado de
ter jogado a menina do alto do apartamento, nunca assumiram a culpa pelo crime,
sempre alegando que uma terceira pessoa teria entrado no apartamento e cometido
a atrocidade.
Mas, segundo a
testemunha, Anna Carolina teria confessado tudo em conversa dentro do presídio
de Tremembé, no interior de São Paulo. Ela assumiu que agrediu a menina e que
Alexandre realmente a jogou da janela, e ainda teria ido além.
De acordo com
o depoimento, a acusada teria ligado para o avô de Isabella pouco depois da
agressão, afirmando que teria matado a criança. Antônio Nardoni então teria
dito que eles precisavam simular um acidente, caso contrário seriam presos.
Teria sido por isso que Alexandre cortou a rede de segurança da janela e
arremessou a própria filha.
Após jogar a
menina, o pai teria se desesperado ao perceber que ela ainda estava viva.
Isabella não resistiu aos ferimentos provocados pela queda do sexto andar do
prédio, e acabou falecendo.
Confissão há
seis anos e silêncio comprado
O relato de
Anna Carolina foi feito, de acordo com a funcionária, ainda em 2008. Em
entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, a mulher — que não quer ser
identificada — só falou agora pois ainda "não sabia um meio legal de
denunciar sem me comprometer."
Segundo ela,
Anna Carolina não incrimina o sogro pois ele sustenta a ela e a seus dois
filhos, como se comprasse o seu silêncio: "Ela recebe muita coisa de fora,
vários tipos de queijos, brincos. O colchão que ela dorme é especial. Foi
presente do Seu Nardoni para ela, porque estava dando problema na coluna dela o
colchão da penitenciária."
O programa
também falou com Francisco Cembranelli, promotor do caso. Segundo ele, à época,
existiu uma suspeita sobre Antônio Nardoni, pois, na quebra de sigilo
telefônico do casal, ficou comprovado que Anna Carolina e o sogro se falaram
por 32 segundos naquela noite, mas, segundo a perícia, o telefonema teria
ocorrido após Alexandre jogar Isabella pela janela.
Se o caso for
reaberto, Cembranelli, agora procurador de Justiça, não trabalhará na nova
acusação. No entanto, ele acredita que o avô pode sim ser incriminado e que a
testemunha parece ser convincente.
Procurados
pelo Fantástico, Antônio Nardoni e seu advogado, Roberto Podval, negaram
qualquer envolvimento do avô no acontecido. Antônio, inclusive, falou que
acredita na inocência do casal: "Vou defendê-los enquanto eu viver, está
certo? É porque eu tenho absoluta convicção de que eles não fizeram nada. Eu
também não fiz nada."
Questionada se
estaria com a consciência tranquila, a testemunha afirmou que sim e que tem a
convicção de que Anna Carolina não mentiu para ela. "O meu dever já fiz.
Se ele for culpado, tem que ser condenado mesmo. Se for inocente, que apareça a
verdade. O que importa é que agora eu estou bem com a minha consciência. Eu fiz
o que eu achava que deveria ser feito", falou.
FONTE(S)
IMAGENS
http://www.emresumo.com.br/2014/12/08/funcionaria-prisao-acusa-avo-participacao-caso-nardoni_64589.html?utm_source=HomePortal&utm_medium=baixaki
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Um comentário:
Qual interesse tinha o avô da Izabella Nardoni mandar que o casal (inclusive o pai da menina) fizesse tamanha crueldade com a sua neta?
É meio estranho! Eu não acredito nesta acusação e conversinha de meio porte.
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