terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Funcionária de prisão acusa avô de participação em caso Nardoni


A morte da menina Isabella Nardoni, de apenas cinco anos de idade, em um crime que chocou o país em 2008, ganhou novas denúncias na última semana. Uma funcionária do sistema penitenciário afirma ter ouvido confissões de Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, que incriminariam o avô paterno da criança, o advogado Antônio Nardoni.

Seis anos após o assassinato, Anna Carolina e Alexandre Nardoni, pai de Isabella e acusado de ter jogado a menina do alto do apartamento, nunca assumiram a culpa pelo crime, sempre alegando que uma terceira pessoa teria entrado no apartamento e cometido a atrocidade.

Mas, segundo a testemunha, Anna Carolina teria confessado tudo em conversa dentro do presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Ela assumiu que agrediu a menina e que Alexandre realmente a jogou da janela, e ainda teria ido além.

De acordo com o depoimento, a acusada teria ligado para o avô de Isabella pouco depois da agressão, afirmando que teria matado a criança. Antônio Nardoni então teria dito que eles precisavam simular um acidente, caso contrário seriam presos. Teria sido por isso que Alexandre cortou a rede de segurança da janela e arremessou a própria filha.

Após jogar a menina, o pai teria se desesperado ao perceber que ela ainda estava viva. Isabella não resistiu aos ferimentos provocados pela queda do sexto andar do prédio, e acabou falecendo.

Confissão há seis anos e silêncio comprado

O relato de Anna Carolina foi feito, de acordo com a funcionária, ainda em 2008. Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, a mulher — que não quer ser identificada — só falou agora pois ainda "não sabia um meio legal de denunciar sem me comprometer."

Segundo ela, Anna Carolina não incrimina o sogro pois ele sustenta a ela e a seus dois filhos, como se comprasse o seu silêncio: "Ela recebe muita coisa de fora, vários tipos de queijos, brincos. O colchão que ela dorme é especial. Foi presente do Seu Nardoni para ela, porque estava dando problema na coluna dela o colchão da penitenciária."

O programa também falou com Francisco Cembranelli, promotor do caso. Segundo ele, à época, existiu uma suspeita sobre Antônio Nardoni, pois, na quebra de sigilo telefônico do casal, ficou comprovado que Anna Carolina e o sogro se falaram por 32 segundos naquela noite, mas, segundo a perícia, o telefonema teria ocorrido após Alexandre jogar Isabella pela janela.

Se o caso for reaberto, Cembranelli, agora procurador de Justiça, não trabalhará na nova acusação. No entanto, ele acredita que o avô pode sim ser incriminado e que a testemunha parece ser convincente.

Procurados pelo Fantástico, Antônio Nardoni e seu advogado, Roberto Podval, negaram qualquer envolvimento do avô no acontecido. Antônio, inclusive, falou que acredita na inocência do casal: "Vou defendê-los enquanto eu viver, está certo? É porque eu tenho absoluta convicção de que eles não fizeram nada. Eu também não fiz nada."

Questionada se estaria com a consciência tranquila, a testemunha afirmou que sim e que tem a convicção de que Anna Carolina não mentiu para ela. "O meu dever já fiz. Se ele for culpado, tem que ser condenado mesmo. Se for inocente, que apareça a verdade. O que importa é que agora eu estou bem com a minha consciência. Eu fiz o que eu achava que deveria ser feito", falou.

FONTE(S)
IMAGENS

http://www.emresumo.com.br/2014/12/08/funcionaria-prisao-acusa-avo-participacao-caso-nardoni_64589.html?utm_source=HomePortal&utm_medium=baixaki

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Um comentário:

José Mendes Pereira disse...

Qual interesse tinha o avô da Izabella Nardoni mandar que o casal (inclusive o pai da menina) fizesse tamanha crueldade com a sua neta?

É meio estranho! Eu não acredito nesta acusação e conversinha de meio porte.