quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

RABO DE SAIA E CACHAÇA BOA

Clerisvaldo B. Chagas - 14 de janeiro de 2014 Crônica Nº 1121

Entre as pessoas mais fantásticas da música brasileira nordestina, encontra-se Jacinto Silva. O homem que quando saiu de casa, disse à mãe que só voltaria um dia quando gravasse um disco e danou-se no meio do mundo, cumprindo a promessa anos depois. Os maiores críticos do assunto, dizem que os três grandes do nordeste são Luiz Gonzaga, Jacson do Pandeiro e Jacinto Silvo. Um rei do baião, outro rei do ritmo e o terceiro rei do coco. Vivi em Maceió o auge de Jacinto Silva, quando acompanhava pelo rádio os programas de forró, sabia de todos os cantores, todas as músicas e muitos dos compositores.

Jacinto Silva nasceu em Palmeira dos Índios, Alagoas, em 1933. Foi discípulo de Jackson do Pandeiro, aprendeu com ele a dominar o ritmo “e aprofundou a arte de entortá-lo, desconstruí-lo, sem, contudo, perder o pulso da música”. 
 
“Sobre seus malabarismos rítmicos, ele mesmo dizia: saio desmantelando e depois vou consertando”.


“Começou cedo na música, ainda garoto, cantando acompanhado por um regional. O primeiro disco foi gravado em 1962, com o baião "Justiça Divina", de Onildo Almeida e a moda de roda "Bambuê bambuá", de Joaquim Augusto e Luiz Plácido. Depois, gravou mais dois 78 rpm”. 

“O primeiro LP de Jacinto, foi lançado em 1965. Daí em diante, não parou mais de gravar e compor. Em toda a carreira, gravou 24 LPs e dois CDs. Jacinto criou um estilo próprio de cantar, com a característica marcante de cantar muito rápido, porém conseguindo pronunciar as palavras com clareza impressionante. Por conta dessa sua capacidade, ele compunha letras cheias de trava-línguas, difíceis de cantar, como Corrope de Jaboatão, de autoria dele e Antônio Clemente (Faixa 6 do Lado A)”. 

Com mais de duzentas composições, entre elas: Pra Rapaziada, No Pinicado, Flor da Gameleira, Amor de Capinheiro, o Cantador, Corrope de Jaboatão, Girassol, Rabo de Saia, Coco da Ciranda, Coco do M, O Pau Vai Cantar e Coco Sincopado. Nenhuma deve nada as outras. Flor da Gameleira me fazia muito sonhar com a minha terra, mas Rabo de Saia, de Elino Julião-José Pereira, me parece a mais gostosa de todas:

“Aonde tem rabo de saia
E cachaça boa
Aí a paia avoa
Aí a paia avoa”...

O saudoso alagoano voltou à moda. Vamos curtir, minha gente, RABO DE SAIA E CACHAÇA BOA.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
 
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2014/01/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html
 
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