Clerisvaldo B.
Chagas - 14 de janeiro de 2014
Crônica Nº
1121
Entre as
pessoas mais fantásticas da música brasileira nordestina, encontra-se Jacinto
Silva. O homem que quando saiu de casa, disse à mãe que só voltaria um dia quando
gravasse um disco e danou-se no meio do mundo, cumprindo a promessa anos
depois. Os maiores críticos do assunto, dizem que os três grandes do nordeste
são Luiz Gonzaga, Jacson do Pandeiro e Jacinto Silvo. Um rei do baião, outro
rei do ritmo e o terceiro rei do coco. Vivi em Maceió o auge de Jacinto Silva,
quando acompanhava pelo rádio os programas de forró, sabia de todos os
cantores, todas as músicas e muitos dos compositores.
Jacinto Silva
nasceu em Palmeira dos Índios, Alagoas, em 1933. Foi discípulo de Jackson do
Pandeiro, aprendeu com ele a dominar o ritmo “e aprofundou a arte de
entortá-lo, desconstruí-lo, sem, contudo, perder o pulso da música”.
“Sobre seus
malabarismos rítmicos, ele mesmo dizia: saio desmantelando e depois vou
consertando”.
“Começou cedo
na música, ainda garoto, cantando acompanhado por um regional. O primeiro disco
foi gravado em 1962, com o baião "Justiça Divina", de Onildo Almeida
e a moda de roda "Bambuê bambuá", de Joaquim Augusto e Luiz Plácido.
Depois, gravou mais dois 78 rpm”.
“O primeiro LP
de Jacinto, foi lançado em 1965. Daí em diante, não parou mais de gravar e
compor. Em toda a carreira, gravou 24 LPs e dois CDs. Jacinto criou um estilo
próprio de cantar, com a característica marcante de cantar muito rápido, porém
conseguindo pronunciar as palavras com clareza impressionante. Por conta dessa
sua capacidade, ele compunha letras cheias de trava-línguas, difíceis de
cantar, como Corrope de Jaboatão, de autoria dele e Antônio Clemente (Faixa 6
do Lado A)”.
Com mais de
duzentas composições, entre elas: Pra Rapaziada, No Pinicado, Flor da
Gameleira, Amor de Capinheiro, o Cantador, Corrope de Jaboatão, Girassol, Rabo
de Saia, Coco da Ciranda, Coco do M, O Pau Vai Cantar e Coco Sincopado. Nenhuma
deve nada as outras. Flor da Gameleira me fazia muito sonhar com a minha terra,
mas Rabo de Saia, de Elino Julião-José Pereira, me parece a mais gostosa de
todas:
“Aonde tem
rabo de saia
E cachaça boa
Aí a paia avoa
Aí a paia
avoa”...
O saudoso
alagoano voltou à moda. Vamos curtir, minha gente, RABO DE SAIA E CACHAÇA BOA.
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito
Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou
para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº
238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante
Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi
o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco
mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no
Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo
Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo
seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio,
então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois
últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o
Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a
vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi
pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa,
tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas
iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de
Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de
Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos
Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE,
lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de
Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em
concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio
Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da
Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois
concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a
Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia,
Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros
estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas:
Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas,
São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro
fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio
Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º
teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador
de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi
cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por
duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do
SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da
ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na
Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do
Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em
sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu
trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como
romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do
Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto
Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983);
Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A
Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão
Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até
setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras
inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de
Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina,
História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do
Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve
crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
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