quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

CUITELINHO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2014 - Crônica Nº 1122 



Nesse tempo de tanto estresse e violência, nada melhor de que apreciar um pouco o beija-flor. Beija-flores são pequenas e coloridas aves pertencentes à família Trochilidae, cuja descrição alcança cerca de 330 espécies. Essas criaturinhas existem apenas nas Américas, encontradas até os extremos norte e sul. A menor espécie de beija-flor pesa menos de dois gramas (beija-flor abelha) e a maior é o “beija-flor gigante” que pesa em torno de 25 gramas. Acredita-se que os beija-flores tenham se originado nas florestas do Brasil e se dispersado para o resto do continente americano.
 
 
CUITELINHO (BEIJA-FLOR, BIZUNGA, COLIBRI)  Foto: (Report images).

Os beija-flores possuem um bico fino e comprido, língua bifurcada a qual se alimenta do néctar das flores. Muitas espécies também comem pequenos insetos e outros invertebrados. Algumas migram e percorrem até mais de 4.000 km, ocasião em que, antes de viajar, alimentam-se intensamente, podendo até dobrar de tamanho em uma semana. 

O beija-flor é um importante agente polinizador. Os milhares de grãos de pólen grudam em seu corpo e ele acaba levando-os para outras flores.

No sertão nordestino nós o denominamos beija-flor ou bizunga. Em outros lugares, colibri. No Centro-Oeste brasileiro ele é chamado, cuitelinho.

Seu colorido, voo e beleza faz-nos imaginar o beija-flor como ave do paraíso. É a inspiração de muitos poetas que não resistem a sua majestade. Não importa se o poeta é erudito ou analfabeto, pois a criação do vate é apenas o que importa. Muito ainda se pode dizer sobre o beija-flor como a sua vida média entre quatro e oito anos; que ele pode ficar parado no ar ou voar para trás. Vamo-nos prender apenas à poesia dessa belíssima e cativante ave e homenageá-la como fez alguém ao escrever e transformar em música a poesia intitulada Cuitelinho. Quem já teve oportunidade de ouvir os saudosos Pena Branca e Xavantinho (as vozes de veludo da música sertaneja de raiz), pode dizer que ouviu o que é bom. Vejamos a letra desse domínio público:

CUITELINHO

Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
Senta na beira da praia
O Cuitelinho não gosta
Que o botão da rosa caia, ai, ai...

Quando vim da minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha tinha revolução
Enfrentei fortes bataia, ai, ai...

A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
Os óio se enche d´água
Até à vista atrapaia, ai, ai...

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
 
 
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