Por: Rangel Alves da Costa(*)
MISTÉRIOS
Não dou muito
crédito àqueles que procuram desqualificar a criação divina, o poder de Deus, e
invocar o surgimento dos elementos terrenos a partir da intervenção de forças
desconhecidas. E apontam que tudo surgiu por força da ação de seres de outros
planetas, deuses intergalácticos e astronautas superiores.
Muitas teorias
existem neste sentido, sendo a principal delas a Teoria dos Antigos
Astronautas. Segundo os estudiosos que a defendem, é humanamente impossível que
homens iletrados, rudes, utilizando tecnologias arcaicas, pudessem ter
construído enormes estruturas megalíticas, pirâmides colossais, templos que
ainda hoje desafiam as mais avançadas tecnologias.
Assim,
defendem que tais construções tiveram a ajuda de seres extraterrestres,
visitantes do espaço, deuses voadores e toda uma gama de influências
interplanetárias. Somente com a ajuda ou a intervenção direta destes seria
possível realizar construções ainda hoje inexplicáveis pelos estudiosos.
Portanto, a tecnologia dos deuses foi a responsável pelo erguimento dessas
obras colossais.
E mais. Pregam
que os humanos são descendentes ou mesmo criações de extraterrestres ou forças
superiores do espaço. Agindo na terra, os deuses possibilitaram o surgimento de
culturas superiores e a realização de obras grandiosas como marco de suas
passagens. Mas que também podem ter sido eles os responsáveis pelo
desaparecimento de inúmeros povos e culturas. Defendem até que em algumas
ocasiões guerras entre os deuses destruíram ou ameaçaram obras e culturas
inteiras.
Como
observado, refutam o poder e a intervenção divina para reconhecer a paternidade
das forças superiores sobre as grandes obras que foram surgindo na terra em
diferentes períodos históricos. Desse modo, culturas como a maia, inca e a
asteca, dentre muitas outras, eram intimamente influenciadas por estas forças
superiores. E o surgimento de seus suntuosos templos não seria possível sem
essa participação externa.
Logicamente
que não comungo de tais ideias. Não se concebe como verdadeira uma teoria que
nega o poder divino como propulsora do conhecimento humano. Não há que
prevalecer a ideia de um mundo totalmente construído sob engenharia dos antigos
astronautas ou de forças espaciais desconhecidas. Ademais, deuses por deuses,
há que se reconhecer a prevalência de um Deus superior.
Ao afirmar que
os seres extraterrestres influenciaram, colaboraram ou mesmo agiram na
construção desses gigantescos templos, bem poderia ter feito o caminho mais
lógico. E o lógico seria reconhecer a intervenção divina sobre o homem antigo.
Ou será que Deus não tem esse poder, mas apenas deuses desconhecidos?
Contudo,
reconheço que há muita coisa ainda inexplicável em meio a tudo isso. O mistério
assoma ainda com maior monta toda vez que se vê uma estrutura megalítica de uma
civilização antiga, um templo de tamanha imensidão e perfeição que desafia a
compreensão, uma obra tão gigantescamente delineada que seria impossível ser
obra do homem de então. Como e quem teria construído?
Todo o
mistério está nessa resposta. Neste aspecto reconheço a verdade em muitas
afirmações dos teóricos dos antigos astronautas. Certamente alguma força
estranha, algo de inteligência e engenharia superiores, atuou na construção de
tais obras. Por mais que tais construções tenham levado duas dezenas ou mais de
anos para serem terminadas, ainda assim praticamente impossível que a força de
trabalho de então pudesse erguer estruturas tão imponentes e com acabamentos
geometricamente perfeitos.
Ora, são
blocos imensos de rocha transformados em estruturas que desafiam o entendimento
de como foi possível colocar bloco sobre bloco, sem uma falha sequer, numa
altura de um prédio de três andares. São portais imensos, talhados de tal forma
que não há um só elemento que esteja dissociado do outro. São esculturas
gigantescas, templos descomunais, e tudo numa ordem arquitetônica de
impressionar a engenharia moderna. E, espantosamente, muitas vezes se reconhece
que nem nos dias atuais seria possível realizar uma obra daquelas.
Só para citar
alguns desses mistérios arquitetônicos: Stonehenge, os moai da Ilha de Páscoa,
as linhas de Nazca do Peru, os colossais monólitos conhecidos como Triliton,
Tiahuanaco e Puma-Punku, as pirâmides do Egito, os imensos obeliscos espalhados
pelo mundo. Sem esquecer logicamente dos imensos templos, cidades e construções
antigas.
Para se ter
uma ideia, alguns blocos da pirâmide Gisé pesam 200 toneladas; em Tiahuanaco e
Puma-Punku existem blocos que pesam 400 toneladas; os monólitos de Triliton, no
Líbano, pesam aproximadamente 1100 toneladas. E cada um. E o mais incrível é
que hoje se reconhece que ainda não há equipamento disponível que possa erguer
ou mover monólitos como os Triliton.
Mas foram
movidos, erguidos e cuidadosamente colocados em seus devidos lugares. Mas como
fizeram isso? Eis o mistério. Contudo, ainda que se comungue das ideias das
teorias da ação dos visitantes antigos, não se deve esquecer a força
imensurável do Deus bíblico, do Deus criador e propulsor da vida. Quem faz o
mar se abrir também pode fazer uma rocha se erguer.
(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.
Poeta e cronista
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