Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 11 de abri de 2013 - Crônica Nº 997
Nunca havíamos
visto relâmpagos em Maceió. Lá para os lados de Pernambuco, entretanto, o céu
se iluminava constantemente por mais de uma hora. Caso fosse nas bacias dos
rios que vêm daquele estado cortando a Mata alagoana, não estava descartada a
possibilidade de mais uma tragédia das cheias na região.
Como os jornais do dia
seguinte, nada comentaram tudo corre em paz nos lugares sujeitos. Entretanto,
para uma paz completa seria necessário que as famílias já estivessem morando
devidamente legalizadas nas casas construídas pelo governo. É comum nas regiões
de cana-de-açúcar o domínio absoluto de terras do latifundiário, quando os
canaviais chegam até às margens das rodovias, não deixando espaço algum para
pequenos proprietários. Sem terra alguma ou espremido em lugares vis o pobre da
Zona da Mata fica exposto permanentemente às cheias violentas e ao trânsito não
menos violento. Nos terrenos melhores os pés de cana vão gozando dos
privilégios que ao ser humano é negado. Gente não dar lucro, não produz açúcar,
nem álcool, nem bagaço. Deve pensar assim o grande proprietário que se pudesse
plantaria até no “pretume” das rodovias.
Quem anda
prestando atenção pela Mata, independente da paisagem verdejante dos canaviais,
lembra o poema “Morte e Vida Severina”, que nos parece ainda atualizado.
Vem à cabeça também o questionamento de outros países quanto ao domínio da
Espanha e Portugal com a antiga divisão do Novo Mundo. Será que ambos os países
herdaram o testamento de Adão? Perguntavam os outros. Ser proprietário de um mundo
inteiro de terras tira o direito do pobre em possuí-la também? Desde os anos 60
que os gritos isolados pelo chão cultivável foram engrossando as fileiras das
bocas. Os desfiles costumeiros de trabalhadores, as ocupações de logradouros
públicos e de prédios governamentais afirmam claramente que essa questão ainda
não foi resolvida. Mesmo já acostumados com ela, não deixa a reforma agrária de
ser coisa sensível e perigosa se não for tratada do jeito que merece.
Enquanto isso
a pobreza em torno dos canaviais vai enfrentando os problemas da natureza e a
morosidade dos dirigentes dos estados. Um manancial de teses para quem quiser.
LUTA BRASIL!
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
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