Por: Rangel Alves da Costa(*)
São José
sertanejo
Eu vi a
procissão
“São José, meu
São José
esse povo que
tem fé...”.
e vi o povo
orando
“São José a
salvação
fazei chover
no meu sertão...”.
e ouvi o canto
na estrada
“Nesse dia
abençoado
São José vem
visitar
o sertão
esturricado
pra chuva logo
chegar...”.
olhos de
tantas lágrimas
mãos de
rosários e terços
feições
contritas na fé
no dia de toda
esperança
no dia do bom
São José
implora homem
e mulher
implora o
bicho e a terra
pra chegar a
salvação
pra trovejar
no sertão
a chuva lavar
a terra
a chuva molhar
o chão
pra semente
ser plantada
pra ter a mesa
com pão.
(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos eguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Bulamarqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.
Poeta e cronista
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