sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O FORRÓ DO RÂNIO COSTA

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 18 de janeiro de 2013. Crônica Nº 950

LANÇAMENTO DE LIVROS AMANHÃ NO TÊNIS

Ontem, dia 17, tivemos a felicidade, eu e o professor Marcello Fausto, de aceitarmos o convite para uma entrevista. Trata-se do programa de forró do Rânio Costa, veterano radialista da Rádio Correio do Sertão, em Santana do Ipanema, Alagoas. A Rádio Correio foi a pioneira em todo o semiárido alagoano, inclusive já tivemos oportunidade de participar de suas programações apresentando crônicas diárias, lidas pelo grande radialista Edilson Costa. Era ele o apresentador das nossas crônicas que aconteciam às 12 horas, daí o título “A Crônica do Meio-Dia”. Após completarmos 200 edições, deixamos a missão, motivado por ciumadas que até hoje tentam interferir em nossos trabalhos. Mesmo sem ter recebido ainda o nosso convite para o lançamento dos livros, amanhã, no Tênis Clube Santanense, Rânio nos convidou para o seu espaço e fomos debatendo “Negros em Santana” e “Lampião em Alagoas”, no decorrer do programa que teve a duração de hora e meia.

O Forró do Rânio, além de uma boa programação nordestina, contém variedades como notícias e coisas curiosas que atingem ampla faixa da população rural e da cidade. Com suas perguntas à moda matuta, fortes, objetivas e inteligentes, íamos respondendo sobre os negros e sobre Lampião por essas bandas. Pedro Pacífico, o terceiro autor de “Negros em Santana”, andava para os lados do Recife e perdeu a brincadeira animada com Jackson do Pandeiro, cronista musical do Nordeste. Das seis horas até às sete e meia, o tempo pareceu muito curto para falar sobre as peripécias do bandoleiro e sua caterva, principalmente em nosso território. Perguntas interessantes do Rânio causaram sensação nos ouvintes como a que indagava se Lampião era gay? Outra pergunta, foi a tradicional dos leigos, por que Lampião não invadiu a cidade de Santana do Ipanema, se esteve tão perto daqui. Já no fim, a indagação tradicional de todos os entrevistadores: Lampião foi herói ou foi bandido? Felizmente estávamos todos inspirados, entrevistados e radialista, fazendo com que os ouvintes que gostam do tema ficassem felizes com aquela coisa diferente no programa de todas as manhãs.

Agradecemos demais ao Rânio Costa pela contribuição à cultura da terra e ficamos de voltar ali outras vezes para novas palestras agradáveis. Não esqueça amanhã, cabra velho, Tênis Clube Santanense, como indicou o FORRÓ DO RÂNIO COSTA.


CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)



http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/01/o-forro-do-ranio-costa.html

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