Por: Clerisvaldo
B. Chagas, 14 de janeiro de 2013. Crônica
Nº 946
LANÇAMENTO
DE LIVROS DIA 19
Novamente, um
ano após, tenho a grata satisfação de receber do ex-pracinha, ex-professor de
Geografia, ex-diretor do Ginásio Santana, comerciante Alberto Nepomuceno Agra,
mais um brinde de fim e início de ano. Trata-se do almanaque anual que Alberto
distribui há longo tempo em sua Farmácia Vera Cruz. E se o meu ex-professor,
mil vezes considerado, cumpre fielmente o seu papel em manter a tradição de
ofertar, faço a mesma coisa com o ritual de receber. É o chamado almanaque de
farmácia que vem sobrevivendo bravamente e agora na sua 68º Edição, em 2013.
Numa produção do Laboratório Catarinense, dessa vez o livrinho trás nas suas 35
páginas, a história do automóvel, além das variações características da sua
linha gráfica. Na mistura das coisas, novas propagandas de remédios e marcas
antigas que não abandonam as prateleiras.
Está ali
o famigerado horóscopo. Vê-se na variação
de cores vivas, a sessão verde de jardinagem ou a parte da agricultura mês a
mês. Piadas leves e inteligentes não faltam, adivinhações, dicas para uso
doméstico, desenhos e o desfile de produtos farmacêuticos anunciados com bom
gosto.
A distribuição do
almanaque anualmente parece acompanhar os festejos dos Reis Magos do Poço das
Trincheiras. Esta cidade, a mais próxima de Santana do Ipanema, no Sertão
alagoano, nunca negou fogo no início de janeiro. O sertão todinho já sabe: todo
janeiro tem festa no Poço que vai crescendo em número de pessoas e qualidade.
Como é
bonito preservar o passado cheio de histórias que enriquecem o nosso folclore,
a religiosidade, a cultura moldada para as gerações seguintes na era da
máguina, do computador, da Internet. Em
Santana, o modo carinhoso com que o empresário Alberto Agra passa para seus
clientes e amigos o almanaque sabido, vai nos conduzindo aos tempos saudosos da
botica. Após o almanaque vem o que nós, matutos, chamávamos de “folhinha”,
depois “bloco” e depois calendário de bolso, calendário de parede. Quem diabo
vai entrar Ano Novo sem “folhinha” nova na parede?
Obrigado, laboratório,
obrigado Alberto Agra, em nome dos nossos usos e costumes. Por que não
incentivar um concurso de pesquisa sobre o tema?
O exemplo dos
profetas da seca, no Ceará, que angariou notoriedade, poderia ser usado como
motivo para debates sobre festa de Reis e almanaques anuais. Movimentação
inusitada, graças aos conservadores da cultura que vão MANTENDO A TRADIÇÃO.
CLERISVALDO B.
CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA –
CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo
(depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua
vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são
obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance -
1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem
(conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor
maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado –
1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão
Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras
inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de
Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a
Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris
do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/01/mantendo-tradicao.html
Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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