Por: José Mendes Pereira
Dix-neuf
Rosado e sua esposa Odete Rosado
Jerônimo
Dix-neuf Rosado Maia (19º filho), era natural de Mossoró, no Estado do Rio
Grande do Norte. Era filho de Jerônimo Rosado Maia, nascido em Pombal, no
Estado da Paraíba, e de dona Isaura Rosado, sendo esta irmã de dona
Maria Amélia Henrique Maia, a primeira esposa de Jerônimo
Rosado. Dix-neuf Rosado tinha 20 irmãos, conhecidos como a família
numerada de Mossoró.
Dona Odete
Rosado
Dix-neuf
Rosado era casado com dona Odete Rosado, e pai da ex-prefeita Fafá Rosado. Dona
Odete faleceu no dia 15 de outubro de 2012, em Mossoró.
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Jerônimo
Dix-neuf Rosado Maia morava neste palacete, construído pelo banqueiro
Sebastião Fernandes Gurgel, proprietário da Casa Bancária S. Gurgel. Em
1928, foi vendido para o comerciante e industrial local, Miguel Faustino
do Monte, ex-funcionário do coronel Delmiro Gouveia.
Coronel
Delmiro Gouveia
Em 13 de
setembro de 1933, o palacete entrou para a História Oficial, foi o Catete
Mossoroense. Nesta data, instalaram-se o Presidente Getúlio Vargas e
sua comitiva presidencial. Após a solenidade do hasteamento da
Bandeira Nacional, foi dado como instalado o Governo Provisório da República do
Brasil. Em 1945, novamente o Palacete foi vendido ao Sr. Dix-neuf
Rosado, industrial e político local, permanecendo em poder da família até
a presente data.
Como todo ser
humano tem suas manias Jerônimo Dix-neuf Rosado não era diferente, exigia
cumprimento aos tratos, dada a palavra, não voltava atrás.
Se ele
dissesse que chegaria em determinado local tal hora, tal hora ele estaria ali,
nem mais nem menos minutos.
Se ele
dissesse que honraria um compromisso às três horas da tarde, não
adiantava o sujeito chegar antes ou depois da hora marcada. Tinha que ser às
três horas mesmo.
Quando ele e
dona Odete viajavam para um lugar mais distante do Estado, Petrolina, por
exemplo, onde mantinha uma empresa..., um iria de avião, o outro seguiria no
ônibus, pois se acontecesse um acidente, só morreria um.
Quando mandava
um dos seus empregados fazer depósitos bancários, dividia o dinheiro em duas partes
iguais, uma porção seria colocada em um dos bolsos do empregado, a outra parte
seria colocada em outro bolso, pois se fosse roubada ou perdida, saldaria a
metade do valor a ser depositado.
Certa vez,
aproveitando a ausência de dona Odete em sua casa, e não gostando de um pé de
coco com dois metros de altura, o qual frondava viçosamente no seu
jardim, ordenou a um dos seus jardineiros que o arrancasse pelo tronco.
Sabendo do
zelo que dona Odete tinha pelo coqueiro, o empregado disse-lhe que
não iria fazer isto, pois quando ela retornasse da viagem, com certeza iria se
zangar com ele, por ter arrancado o que ela mais gostava do seu jardim.
Dix-neuf
Rosado esbravejou dizendo-lhe que quem mandava em sua casa era ele, e não o
empregado, e exigiu que cumprisse a sua ordem, do contrário seria
demitido imediatamente. Mas tivesse cuidado para não maltratar o
coqueiro, pois depois que fosse arrancado pelo tronco, iria precisar dele.
Após dada a
ordem Dix-neuf saiu pelos fundos da casa em direção a sua retífica, que fica (continua
no mesmo lugar com outro nome de fantasia, Montec), na Avenida Alberto
Maranhão.
O empregado
não tinha outra solução, o jeito para permanecer ganhando o seu salário era
meter a chibanca e arrancar o pé de coco.
Com uma
sofrida tarefa de três horas finalmente o pé de coco estava sobre o solo, e de
imediato o empregado foi comunicar ao patrão que o coqueiro já estava livre do
jardim.
Ao chegar,
Dix-neuf viu a miserável palmeira encostada sobre o muro, e virando-se
para o empregado disse-lhe:
- Quando eu
ordenar uma atividade para você, faça-a. Se eu te pago, não há como me recusar.
-E agora seu
Dix-neuf, o que eu faço com o pé de coco?
- Agora
plante-o no mesmo lugar. Faça sempre o que eu determinar.
- Mas seu
Dix-neuf, o trabalho que ele me deu para ser arrancado, agora vou ter que
plantá-lo?
- Se você tivesse
me obedecido logo, não estaria com este trabalho de plantá-lo, depois regá-lo,
...
Minhas simples
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