Por: Clerisvaldo B. Chagas, 31 de janeiro de 2012 - Crônica Nº 957

Sobre
movimento literário, nessa época em que está sendo lançado novamente o livro de
Tadeu Rocha "Delmiro Gouveia, o Pioneiro de Paulo Afonso", no
aniversário da usina de Angiquinho, vamos às suas palavras, a respeito de Oscar
Silva. É um santanense comentando o trabalho de outro santanense, amigos entre
si, no livro "Fruta de Palma".

Trecho entre o
prefácio de seis páginas do emérito Tadeu:
"Entre os
'novos' que segundo o regionalismo encorajou em Maceió estava o sertanejo Oscar
Silva, cuja formação literária se fez através de ásperos caminhos, vencendo as
mais terríveis barreiras econômicas, sociais e culturais que alguém possa
imaginar. Menino pobre da Rua do Sebo, lá de Santana do Ipanema, o autor de
"Fruta de Palma' fez muita coisa na vida para chegar a ser escritor:
marceneiro, tecelão, soldado de polícia... Oscar Silva precisou lutar muito
consigo mesmo e com o meio social de um rapaz pobre, a fim de reeducar-se como
elemento da classe média, que ele atingiu honestamente pelos quadros do serviço
público federal.
As cicatrizes
das suas lutas ficaram até bem visíveis: o sertanejo outrora adepto das
verdades religiosas com que a Igreja civilizou as caatingas de Santana da
Ribeira do Panema andou tentando conciliar, na capital da Província, a
materialização do espírito e o materialismo histórico. Coisa, aliás, bem
difícil para um cristão qualquer e ainda mais para quem foi nascido e criado ao
som de velhas melodias, que os nossos antepassados aprenderam dos missionários,
em dois séculos e meio de civilização.
Situado o nome
de Oscar Silva no atual movimento literário nordestino, muito haverá que dizer
do seu primeiro livro de crônicas, onde lembra coisas e pessoas de uma terra
áspera e uma gente vigorosa.. Manda, porém, a modéstia que me cale sobre 'Fruta
de Palma', porque essa terra é minha e essa gente é minha gente. Recife, 27 de
fevereiro de 1963".
Lembramos que
esse ano, 2012, no Calendário Cultural Santanense, homenageia-se o saudoso
escritor Oscar Silva. Aguardamos a lembrança da Secretaria de Cultura.
CLERISVALDO
B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA
– CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia,
Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários
outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas:
Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São
Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na
Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na
cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário
Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras
inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda
Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do
Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão
detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/01/fruta-de-palma-oscar.html
Se você gosta de ler histórias "Cangaço clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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