quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

FRUTA DE PALMA - OSCAR


Por: Clerisvaldo B. Chagas, 31 de janeiro de 2012 - Crônica Nº 957

 FRUTA DE PALMA - OSCAR

Sobre movimento literário, nessa época em que está sendo lançado novamente o livro de Tadeu Rocha "Delmiro Gouveia, o Pioneiro de Paulo Afonso", no aniversário da usina de Angiquinho, vamos às suas palavras, a respeito de Oscar Silva. É um santanense comentando o trabalho de outro santanense, amigos entre si, no livro "Fruta de Palma".


Trecho entre o prefácio de seis páginas do emérito Tadeu:

"Entre os 'novos' que segundo o regionalismo encorajou em Maceió estava o sertanejo Oscar Silva, cuja formação literária se fez através de ásperos caminhos, vencendo as mais terríveis barreiras econômicas, sociais e culturais que alguém possa imaginar. Menino pobre da Rua do Sebo, lá de Santana do Ipanema, o autor de "Fruta de Palma' fez muita coisa na vida para chegar a ser escritor: marceneiro, tecelão, soldado de polícia... Oscar Silva precisou lutar muito consigo mesmo e com o meio social de um rapaz pobre, a fim de reeducar-se como elemento da classe média, que ele atingiu honestamente pelos quadros do serviço público federal.

As cicatrizes das suas lutas ficaram até bem visíveis: o sertanejo outrora adepto das verdades religiosas com que a Igreja civilizou as caatingas de Santana da Ribeira do Panema andou tentando conciliar, na capital da Província, a materialização do espírito e o materialismo histórico. Coisa, aliás, bem difícil para um cristão qualquer e ainda mais para quem foi nascido e criado ao som de velhas melodias, que os nossos antepassados aprenderam dos missionários, em dois séculos e meio de civilização.

Situado o nome de Oscar Silva no atual movimento literário nordestino, muito haverá que dizer do seu primeiro livro de crônicas, onde lembra coisas e pessoas de uma terra áspera e uma gente vigorosa.. Manda, porém, a modéstia que me cale sobre 'Fruta de Palma', porque essa terra é minha e essa gente é minha gente. Recife, 27 de fevereiro de 1963".

Lembramos que esse ano, 2012, no Calendário Cultural Santanense, homenageia-se o saudoso escritor Oscar Silva. Aguardamos a lembrança da Secretaria de Cultura.


CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/01/fruta-de-palma-oscar.html


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