Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 16 de novembro de 2012. Crônica Nº 909

O CAVALINHO DE MANÉ
Quando as
águas do Ipanema faziam volume no Poço do Juá, no Poço dos Homens, nos poços
menores, na largura dos cem metros, ficávamos sobre os lajeiros espiando a
força da Natureza. Víamos boiando na impetuosidade das águas, animais mortos
como cachorros, porcos e bois; cercas de arame, vasos de zinco de armazenar
feijão, garranchos e até braúnas arrancadas pela cepa. Nessas ocasiões, saíam
histórias de todos os tipos, piadas e anedotas que complementavam a nossa
curiosidade. Lembro quando o meu amigo Mileno Carvalho contou que um pai de
família avisou à filharada que iria comprar um cavalinho para o seu filho mais
novo. Logo os rebentos mais velhos ficaram alegres e um deles disse: “Eita,
assim que pai comprar o cavalinho, eu vou correr no cavalinho de Mané até matar!”.
Como cada um falasse coisa semelhante, o velho ficou fulo e disse com um
chicote na mão: “Pois agora vocês vão levar uma surra porque estão matando
o cavalinho de Mané”.
O Brasil anunciou
muito cedo que teria descoberto tanto petróleo que faria inveja a Monteiro
Lobato. A notícia correu mundo deixando o país rico em potencial com as
recentes descobertas do “ouro negro”. É claro que a ambição por dinheiro mexe
muito com o modo de raciocinar dos homens. E quando medidas foram tomadas para
explorar o líquido, os políticos viram que era verdade mesmo o que havia sido
anunciado. Agora todos querem “deitar” a mão no dinheiro gerado no fundo do
mar. A própria sociedade organizada reivindica um pedacinho das notas para
isso, para aquilo, para aquilo outro. Os governadores dos estados produtores de
petróleo começaram a rasgar o saco do desespero, sem querer dividir o bolo com
os estados irmãos. Na outra ponta sustenta a corda os não produtores que também
querem passar os dedos no óleo fedorento, mas valioso. Forma-se aí uma quebra
de braço como Lampião e o tenente Bezerra na casa do velho Bié das Emendadas.
As dificuldades no entendimento vão levando à divisão não somente os
governadores do Brasil, mas também os habitantes dos estados que entendem que o
negócio é bom.
O caso do
mar cheio de dólares vai entrando pelo Congresso e saindo no gabinete da
presidenta Dilma. Ninguém tem certeza ainda como vai ficar a coisa. Entretanto,
o certo, é que descoberta a intenção de se comprar um potro para servir à
nação, todos querem correr até matar O CAVALINHO DE MANÉ.
Autobiografia
CLERISVALDO
B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA
– CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual
Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de
Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela
ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema
(romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval
do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do
Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário
romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos –
1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br
Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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