quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O CANAL DO SERTÃO

Por: Clerisvaldo B. Chagas, CRÔNICA Nº 888
 

O CANAL DO SERTÃO

O Canal do Sertão, maior obra de infraestrutura de Alagoas e uma das maiores obras hídricas do Nordeste, vai caminhando, caminhando, caminhando... O projeto é que o canal que se inicia no município de Delmiro Gouveia, extremo oeste do estado, Alto Sertão, chegue ao Agreste, em Arapiraca. Sua extensão será de 250 quilômetros, quando serão beneficiadas mais de um milhão de pessoas ao longo de 42 municípios. A água será tratada, melhorando assim a qualidade de vida da população, desenvolvendo a economia regional, evitando o êxodo rural.

Canal do Sertão. Foto: (Sertão24horas)

A tão comentada obra acha-se dividida em trechos. Dos 250 quilômetros, o governo já concluiu 45 e os trabalhos estão adiantados até o Km 64,7. Os recursos estão garantidos para o início da terceira etapa, até o Km 77,8, cujas obras já começaram. Os trechos quatro e cinco, até o Km 150, já estão licitados e contratados.
  
A água que virá para os 65 km iniciais será usada para o consumo humano e animal. O canal se integrará ao Sistema Coletivo do Alto Sertão, abastecendo oito cidades: Água Branca, Delmiro Gouveia, Canapi, Inhapi, Mata Grande, Olho d’Água do Casado, Pariconha e Piranhas mais 94 núcleos urbanos.

Com a chegada de recursos do Ministério da Integração, a ordem foi dada para a eletrificação que colocará água no canal, nos primeiros dois trechos concluídos, isto é, nos 65 quilômetros. Nesse caso serão beneficiados imediatamente: Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca.

Durante muito tempo, o Canal do Sertão foi motivo de campanhas políticas ao governo do estado.  Entra governo e sai governo e o canal caminha a passos de jabuti. Entretanto, o importante é que as obras continuam, inclusive com recursos garantidos. Nesse aspecto não se pode negar o interesse do atual governador pela obra, considerada a redenção sertaneja. Mas a metade do canal ainda está longe e ele não será concluído na atual gestão. Com água nos primeiros 65 quilômetros, os investimentos poderão começar a aparecer para uma terra por tanto tempo esquecida. Devagar ou apressado, todos querem O CANAL DO SERTÃO.

Autobiografia do autor:

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.


Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


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