quarta-feira, 17 de outubro de 2012

APARECIDA (II)

Por: Clerisvaldo B. Chagas, Crônica Nº 886

Uma pergunta sempre se faz sobre a Virgem achada no rio Paraíba. De onde a santa quebrada teria vindo? A Virgem é feita de terracota (argila moldada e cozida). Era costume da época, quando uma imagem quebrava, o religioso a enterrava ou jogava os pedaços no rio.

Coroa de N.S. Aparecida. ( Foto Wikipédia)

Os pesquisadores acham que a imagem teria sido feita por Frei Agostinho de Jesus, um monge de São Paulo, especialista em confecções de imagens sacras.

Você viu o oratório construído pela família do pescador no porto de Itaguaçu, logo ficou pequeno para tantas visitas.

O vigário de Guaratinguetá, então, por volta de 1734, construiu uma capela no morro dos Coqueiros, entregue ao público em 26 de julho de 1745. O filho de Filipe Pedroso ajudou, mas queria a capela num lugar mais acessível. Em 20 de abril de 1822, D. Pedro I, passando em comitiva, visitou a capela e conheceu a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual basílica velha). Foi inaugurada em 8 de dezembro de 1888, solenemente.

Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez, a basílica. Tinha ido pagar uma promessa feita quando passara por ali em 8 de dezembro de 1868. Deixou uma coroa de ouro, cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado.
A imagem de aparecida foi finalmente coroada quatro anos após os presentes da princesa Isabel. Foi a 8 de setembro de 1904 que Nossa Senhora Aparecida recebeu a coroa e o manto anil bordado em ouro e pedrarias, simbolizando sua realeza e patrono.  D. José Camargo Barros, celebrou solenemente com a presença de muitos bispos, o Núncio Apostólico, o presidente da República, Rodrigues Alves e verdadeira multidão.

No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909. Recebeu também os ossos de São Vicente Mártir, trazidos de Roma.

Em 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do morro dos Coqueiros, tornou-se município, sendo chamado de APARECIDA.

Continua amanhã.

Autobiografia do autor:


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/10/aparecida-iii-final.html


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