Por Rangel Alves
da Costa*
Ainda que
esteja fincado na mais autêntica região sertaneja, constantemente sofrendo as
dores e os sofrimentos advindos com as secas prolongadas, Poço Redondo não é um
mundo diferente dos outros mundos, de outros municípios e outras cidades. Mas
os recentes administradores tudo fazem para que ele seja considerado o mais
empobrecido, o mais feio, o mais desvalido de tudo.
Ainda que a
grande maioria dos habitantes do município esteja caracterizada como
empobrecida, que não haja emprego que garanta a esperança de ao menos cinquenta
por cento dos jovens, que ano após ano a feição da cidade vá se deteriorando e
a do município siga a mesma desesperança, mesmo assim não se pode deixar de
reconhecer a sua riqueza histórica, geográfica e social. Mas quando tudo está ruim,
até mesmo as grandezas se definham e os orgulhos se retraem entristecidos.
Ainda que os
recentes administradores tudo façam para que Poço Redondo seja apenas um
município miserável dentre os mais miseráveis que existam pelos sertões, jamais
poderão acabar com as raízes familiares, com a tenacidade de seu povo, com a
infinita sensação de pertencimento, com a grandeza humana que há em seus
quadrantes. Ora, Poço Redondo não é o maior município do estado apenas
territorialmente.
Poço Redondo
possui uma dimensão indescritível para os seus, possui uma nobreza infinita
para os seus, possui aquilo que Fernando Pessoa chamou de grandeza não pelo que
possui e sim pelo que os seus desejam que seja: “Da minha aldeia veio quanto da
terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como
outra terra qualquer. Porque eu sou do tamanho do que vejo. E não, do tamanho
da minha altura...”.
Que bom se os
administradores avistassem Poço Redondo pela sua grandeza e não pela sua
pobreza. Que bom se os administradores avistassem Poço Redondo como uma casa
desarrumada que precisa ser urgentemente reparada para o conforto e prazer de
um ilustre visitante: o seu próprio povo. Que bom se os administradores
avistassem Poço Redondo como um velho pai de família que merece atenção,
respeito, carinho, cuidado, amor. Ou como uma linda moça que precisa de
cuidados para continuar a mais bela de todas.
Poço Redondo
precisa de alguém que cuide, que ame, que abrace Poço Redondo como um filho
seu. Poço Redondo precisa de um administrador que caminhe pelas suas ruas, que
sinta as necessidades de seu povo, que tenha olhos para avistar o que não pode
ser esquecido. Poço Redondo precisa de um prefeito que seja administrador e não
mero político, que seja um compromissado com o município e não apenas com
grupinhos ou partidários.
Certamente
haverão de dizer ser impossível encontrar um nome assim, que seja verdadeiro
gestor de ruas, praças, avenidas, povoações, casebres distantes, bairros e
conjuntos, de pobres e remediados. Negarão a existência de alguém que possa
transformar a cidade e povoados em centros dignos e aconchegantes para os seus
e os visitantes. Dirão que ninguém poderá reerguer o município das ruínas em
que se encontra agora.
Mas digo que
não. E digo que não porque uma boa semente vem sendo semeada e que certamente
trará os melhores frutos para o município e seus habitantes. Recentemente
estive em Poço Redondo e de lá voltei como o ser humano mais esperançoso do
mundo. Contente mesmo. Eis que fiquei sabendo que Jaime Mendonça está disposto
a lançar o seu nome como candidato a prefeito nas próximas eleições.
Nome melhor
não poderia surgir, ainda que grande parte dos pleiteantes tenha o meu respeito
e minha consideração. Mas não posso ficar em cima do muro quando sei que Jaime
é o único nome que reúne todas as condições e características para fazer com
que o município retome sua estrada de crescimento. Depois voltarei ao tema, mas
de antemão afirmo o porquê de minha decisão de antecipar apoio a Jaime
Mendonça:
Jaime
inegavelmente sabe administrar. A cada dia Jaime comprova que tem compromisso
com o desenvolvimento econômico e social de Poço Redondo. E não há nada que Jaime
se proponha a realizar que não frutifique. E se possui tamanha aspiração em
comandar os destinos do município, certamente que terá um zelo ainda maior com
o sertão que o acolheu como filho.
Poeta e
cronista
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