Por Marcela
Ferreira Lopes
Em um primeiro
momento a palavra ética é originada do grego – ethos - que significa
modo de ser, caráter. No latim significa costumes que posteriormente derivou-se
a palavra moral.
Ética
constitui-se em um conjunto de princípios, valores e condutas que rege todo ser
humano, independente de cor, raça ou credo. Ética e moral não são a mesma
coisa, porém são correlatas; enquanto que ética é o princípio, moral constitui
a prática deste princípio. Pode-se perceber que o interesse pela ética sempre
foi de grande relevância na história da humanidade. Atualmente aparece em
constantes discussões em consonância com a realidade social na qual o país se
apresenta. A ética é posta em destaque, principalmente nas mídias, quando o
assunto é corrupção, transgressão das leis, roubo do patrimônio público e seu
uso/prática se faz cada vez mais pertinente, o que nos ajuda a sobreviver
socialmente. Para que isso ocorra é preciso que haja respeito, caracterizado
como um princípio básico. Não existem pessoas sem ética. Na realidade
existem pessoas antiéticas, aquelas que são contrárias a uma ética compartilhada
ou aceita por um determinado grupo.
Mediante a
isso estamos em constantes dilemas, caracterizadas como pilares fundamentais da
ética: “Há coisas que eu quero, mas não devo. Há coisas que eu devo, mas não posso.
Há coisas que eu posso, mas não quero” (CORTELLA, 2012, p. 107). Nas palavras
de Cortella temos grandes dificuldades para responder estas e outras indagações
e, mais ainda, a juventude que vive o presente na efervessência do momento,
confundindo muitas vezes desejos com direitos. Esses momentos são constituídos
de erros e acertos, quando se aprende através de constantes socializações.
Partindo desse
princípio, a escola tem um papel fundamental na formação do ser humano. A
ética, ora apresentada como tema transversal, deve urgentemente ser posta na
forma de disciplina, para que sejam enaltecidos os valores humanos presentes na
sociedade, bem como deve estar presente através de um código de ética na
formação de professores. De acordo com Paulo Freire (1996, p.52) “só os seres
que se tornaram éticos podem romper com a ética”. Por isso é de importância
ímpar tomar, a todo o momento, atitudes de respeito, cooperação e solidariedade
para a construção significativa de uma sociedade justa, igualitária e democrática.
Nesse
sentido a ética está presente de forma constante e indissociável em nossas
vidas. Na atual sociedade que se apresenta marcada principalmente pela
competitividade, pelo individualismo, há uma falta de valores e condutas que
priorizem o bem estar coletivo proporcionando assim, uma evolução de pensamento
de todos os indivíduos que constituem qualquer determinado segmento. É preciso
que cada pessoa reflita sobre o real papel da ética na vida de cada um e na
sociedade em geral.
Referências:
CORTELLA,
Paulo Sérgio. Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão
liderança e ética. 19. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
PAULO,
Freire. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Marcela
Ferreira Lopes. Geógrafa-UFCG/CFP. Especialista em Educação de Jovens e Adultos
com ênfase em Economia Solidária-UFCG/CCJS. Graduanda em Pedagogia-UFCG/CFP.
Membro do grupo de pesquisa (FORPECS) na mesma instituição.
Envaido pelo professor, escritor e pesquisador do "Cangaço" José Romero de Araújo Cardoso
Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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