Por Clerisvaldo B.
Chagas, 27 de agosto de 2015 - Crônica Nº
1.481
Contemplando
antigos casarões da minha terra, notamos a imponência arquitetônica dos tempos
de vila. Pelo menos dois desses edifícios, construídos pelo coronel Manoel
Rodrigues da Rocha, antes de 1920, funcionaram como biblioteca pública, na
segunda metade do século vinte.
Biblioteca
Pública. Foto: (Alagoas Memorável (Patrimônio Arquitetônico).
Sem levar em
conta outros fatores que podem desgastar os livros, vem um velho costume de
abrigá-los em casas enormes e antigas, muitas vezes caindo aos pedaços. A mesma
ideia jericosa dos museus.
Esses prédios
notáveis lembram também a minha época de estudante na capital e o centro
histórico de Maceió onde se encontram a Assembleia Legislativa e o Sobrado do
Barão. O Sobrado do Barão ainda funciona como biblioteca pública, batendo com o
meu tempo estudantil. Saído do abrigo dos livros do interior a cargo de Nilza
Marques, também encontrei muita ordem no Sobrado do Barão. Nada ali, porém, era
melhor do que o comando da santanense, a não ser pela enorme quantidade de
livros e o espaço. O que mais me chamava atenção, todavia, era o rigoroso
silêncio de leitura no ambiente. Qualquer coisa a mais, ganhava um longo psiu
da encarregada.
“Construção da
primeira metade do século XIX, o sobrado hoje ocupado pela Biblioteca Pública
está entre os mais representativos monumentos de arquitetura residencial do
estado, composto por três andares, mais um mirante visível na frente. Sua
característica é a sobriedade de estilo, ao molde português, com pavimento
térreo marcado por cômodos de acesso independente e porta central que leva aos
andares superiores, reservado à moradia da família. Nove janelas avarandadas
com gradil de ferro preenchem a fachada da área residencial. Passou a ser
conhecido por palácio a partir de 1859 por ter servido de hospedaria ao casal
imperial, dom Pedro II e dona Tereza Cristina, em visita à Alagoas”.
Essas
informações estão na publicação Alagoas Memorável (Patrimônio Arquitetônico) da
Organização Arnon de Mello.
Entre
recordações e cultura, o mês de agosto vai chegando ao fim.
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