É brio, correção, lealdade, consciência,
caráter, equidade, pundonor, seriedade, respeitabilidade,
integridade,
honradez, honestidade,
dignidade,
decência, decoro, retidão,
aprovação.
Francisco de Paula Melo Aguiar
Quando criança ouvia meus pais falar em uma tal de probidade, como sendo
sinônimo de compromisso e honestidade pessoal. Com o passar dos tempos, aprendi
que essa palavra de origem latina vem de "probitas", do radical
"probus", significando que é aquele que cresce retilíneo
(pro-bus", como "super-bus"), que segundo a epistemologia, era
tal definição aplicada as plantas. Com o passar dos séculos, diante de
experiências vividas pelo ser humano, tal conceito passou também a ser usado em
sentido moral, dando origem a provo, reprovo, aprovo, etc. Atualmente
entendo que probidade é a atitude de respeito em termos totais aos bens e
direitos alheios, portanto, isso constitui o ponto primitivo e essencial para
aquilo que chamamos de integridade do caráter do ser humano. Assim sendo, o
homem chamado de probo é firme em suas ações e atitudes, especialmente nas
promessas que faz, sendo sempre sincero para com os outros, de modo que seja
incapaz de se aproveitar do momento, da oportunidade, da ganância, da
arrogância, da ignorância e bem assim da fraqueza alheia, tendo em vista sua
posição superior e ou inferior de momentos de sua vida em qualquer sentido da
palavra. Isso portanto, em termos profissionais, conota a ideia de honestidade
em termos do perfil de competência do individuo no exercício pleno, parcial,
semiparcial e não ao simulacro no exercício de uma determinada função social,
intelectual, familiar, acadêmica, administrativa pública e ou privada. É ter as
mãos limpas no cartório e nas relações internas e externas em todo o seu
pensar, do ser e do ter com originalidade laboral.
Com o passar dos tempos fui tomando conhecimento da vulgaridade que representa
cada ser humano, quando em crise de total desequilíbrio pessoal, funcional e
emocional, conduta histérica, procura dá conceitos improváveis contra a
dignidade de outras pessoas que direta e ou indireta não lhes são servíveis
para certas e determinadas condutas corruptas, o que configura falta de probidade
de seu ser, tudo porque o céu e o inferno tem princípio e fim dentro do eu de
cada ser humano para si e desumano para suas vítimas diretas e indiretas,
dentro do relacionamento causa e efeito temporal. O discurso humano individual
representa uma ideologia intelectual, seja ela pessoal e política, isso tanto
no tocante a religiosidade quanto a política da vida prática de cada um. Quando
um cachorro está com um osso agarrado na boca, o próprio dono dele, se
tirar o osso da boca dele, será inevitavelmente mordido, isso significando
reprovação e/ou reprovo, uma espécie de puxão de orelhas e/ou uma crise
interdisciplinar em termo comportamental do ser racional e do próprio ser
irracional. A ideologia do querer mais a qualquer preço está presente nos seres
racionais e irracionais. Vem daí o pecado perante a religiosidade e o crime de
improbidade, segundo a legislação em vigor. O ser humano não é diferente, quem
em muitas pedras mexe, uma pode cair na cabeça e poderá nem saber quem a jogou
a pedra contra si. Tem um ditado antigo que diz que um dia é caça e outro dia é
do caçador. Danado é o ser humano Sempre querer ser caçador e nunca a caça. O
provo, reprovo, aprovo, etc., não mudou de cor e /ou de conceito em qualquer
idade que a historicidade da humanidade já conheceu e conhece. Os costumes
individuais e coletivos dos seres humanos vem sendo influenciados com a lei de
levar vantagem em tudo e aproveitar a oportunidade para desgraçar o outro. É a
lei do quanto pior melhor e ou da política de terra arrasada, uma espécie de
cortar e queimar tudo que interessa ao outro ser, isso envolve o destruir
qualquer coisa e ou ser que venha e ou possa ser proveito ao inimigo
enquanto aquele avança e/ou recua em um determinado paradigma e/ou área
que envolva o ser e o ter. O discurso na teoria é a construção do bem comum e
na prática o discurso é para desconstruir o perfil e a personalidade do outro
que tem brio,
correção, lealdade, consciência,
caráter, equidade, pundonor, seriedade, respeitabilidade,
integridade,
honradez, honestidade,
dignidade,
decência, decoro, retidão,
aprovação. É o mesmo que pedir esmola de um copo com água na terra de Canaã. E
até porque “a probidade, que impede os espíritos medíocres de atingir os seus
fins, é mais uma forma, para os astutos, de conseguirem o que querem”, conforme
enfatiza Luc de Clapiers, Marquis de Vauvenargues¹. Isso é não ter brio,
correção, lealdade,
consciência,
caráter, equidade, pundonor, seriedade, respeitabilidade,
integridade,
honradez, honestidade,
dignidade,
decência, decoro, retidão,
aprovação. É o lado oposto da dignidade mínima que se espera de cada ser
enquanto se diz humano.
A teoria da terra arrasada tem como exemplos maiores: a tática usada pelos
russos contra a incursão napoleônica e hitlerista em seu território, que
consistia em avançar para o interior do país e o que fosse encontrando pelo
meio do caminho, de alimentos a acomodações, era para destruir tudo. Essa foi a
tática também usada tanto nas Guerras Napoleônicas. Recentemente o intelectual
José Saramago, acusou as FARC de usar a mesma tática em suas incursões e/ou
seja comparou aquele movimento guerrilheiro colombiano a mesma metodologia de
guerra usada pelos exércitos medievais que promoviam a terra queimada por onde
passavam.
Assim sendo, todo e qualquer negócio e ou atividade do ser
humano individual e/ou coletivamente deve ter como princípio fundamental
a ideia de que “negócio jurídico é, em consequência, o instrumento por
excelência da vida econômica e social e os preceitos legais”, segundo Gomes²
(1977, p. 300), pois, somente assim se pode entender que cada indivíduo no
âmbito vivencial, funcional e social em termos de valores, significando aprovo,
reprovo e/ou boa fé até que se comprove o contrário sobre cada individuo e ou
ser de uma sociedade gananciosa como a do século XXI. A vida é um balcão de
negócios em qualquer sentido na acepção nua e crua da palavra para uns e para
outros não, resta apenas a sociedade entender cada instante vivenciado diante
das negociatas oficiais e oficiosas, o que isso representa e/ou significa tudo
em termos de vantagens pessoais e ou grupais, menos de boa fé e por extensão
“reprovo” e “aprobo”, vem daí a dicotomia da teoria de Deus e o Diabo, de feio
e de bonito, de bom e de ruim, de competente e de incompetente, de certo e de
errado, de plantar para depois colher, de ser estudante para depois ser
professor, do agradar e do desagradar, de céu e de inferno, de justiça e de
injustiça, etc. Na hora em que o povo nada tem, a começar pelo endividamento
excessivo interno via o dinheiro de plástico e externo via as negociatas
oficiais e oficiosas dos governos, seja público e ou privado, vem a depressão
em todos sentidos e isso é a política de terra arrasada em qualquer nível de
governo em qualquer parte do mundo, nasce aí a hiperinflação financeira,
econômica e até mesmo de comportamentos pessoais de quem governa de ficar
jogando para fulano e para beltrano o está errado no mundo presente. Tudo que
não dá certo foi o governo anterior o responsável, quando o Brasil, por
exemplo, estava tudo indo muito bem em céu de brigadeiro e agora ao povo resta
apenas o chavão da canção:... e agora José, segundo Carlos Drummond de
Andrade³...
¹ Cf.: < http://www.citador.pt/frases/a-probidade-que-impede-os-espiritos-mediocres-de-luc-de-clapiers-marquis-de-vauvenargues-10239
>. Página acessada em 22/05/2015.
² Cf.: GOMES,
Orlando. Introdução ao Direito Civil. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1977.
³ Cf.: E agora
José. In.: < https://www.youtube.com/watch?v=CaexXJ6UFnw > . Página
visita em, 22/05/2015.
Enviado pelo escritor Francisco de Paula Melo Aguiar
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