terça-feira, 26 de maio de 2015

CENTRO DE MOSSORÓ É BARRIL DE PÓLVORA COM REVOLTA DE CAMELÔS

Camelôs fazem protesto em área central com acompanhamento de perto... (Foto: Blog Carlos Santos)

Forças policiais ocupam área e ficam prontas para agir em caso de alguma baderna dos manifestantes

O Centro de Mossoró vive desde as primeiras horas da manhã de hoje em estado de choque. De um  lado, Polícia Federal, Polícia Civil, Guarda Municipal e Polícia Militar.

Do outro, obstruindo ruas, protestando com palavras de ordem e revolta à flor da pele, dezenas de camelôs e barraqueiros.

A remoção deles de áreas centrais, por determinação judicial, a pedido do Ministério Público e com trabalho executado pela Prefeitura, causa enorme tensão.

Várias lojas resolveram fechar suas portas. Outras sequer abriram e umas tantas estão com portas semicerradas.

Na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) hoje pela manhã, os vereadores Tomaz Neto (PDT) e Genivan Vale (PROS) pediram intervenção da entidade. No sábado (23), já tinham solicitado que o presidente da OAB, Aldo Fernandes, visitasse pontos definidos pela Prefeitura de Mossoró, para alojamento dos camelôs. Assim ele fez.
Condições desumanas

“As condições são desumanas se ficarem aqui”, comentou Fernandes à ocasião, numa referência ao chamado “Beco do Itaú”, próximo à Praça Bento Praxedes. Essa travessa é uma espécie de microondas a céu aberto, onde a municipalidade pretende socar 80 camelôs provisoriamente.

...de tropas que estão prontas para agir (Blog Carlos Santos)

“O que defendemos desde o princípio é que haja a remoção, mas dando aos camelôs as condições mínimas de sobrevivência, em locais adequados. Isso foi prometido e não está sendo cumprido”, comenta Tomaz Neto. “A grande maioria aceita sair e não quer criar confusão, mas todos têm o direito a meios dignos de trabalho. É só o que querem”, argumenta Genivan.

As força-tarefa organizada pela Prefeitura à semana passada (veja AQUI) agiu hoje ainda de madrugada, começando a retirada dos barracos, bancas etc. (veja AQUI). Não houve confronto, alguns barraqueiros até pediram um tempo para melhor acomodação de seu material.

Normalidade

- Está acontecendo tudo dentro da normalidade. Estamos cumprindo uma determinação judicial – justificou o secretário da Segurança e Defesa Social do município, tenente-coronel Alvibá Gomes, em entrevista ao vivo para a TV Cabo Mossoró (TCM).

Mas com o passar das horas, muitos camelôs e barraqueiros apareceram no centro da cidade enfurecidos. Pelotão de Choque e outras forças da polícia estão acompanhando a revolta de perto. Até aqui, 9h50, não houve qualquer incidente grave.

OAB recebeu vereadores e representante de camelôs (Foto: OAB)

Às 8h, na OAB, ao lado de Antônio Canuto (representante da Associação dos Camelôs), os vereadores obtinham da entidade a promessa de envolvimento direto no caso. O presidente Aldo Fernandes, com os advogados Canindé Maia e Diego Tobias (Comissão dos Direitos Humanos da entidade), garantiu que pedirá explicações quanto às condições de espaço para trabalho oferecidas a esses trabalhadores.

Em matéria oficial, a OAB pronunciou-se assim:

- Ainda hoje, os representantes da Ordem dos Advogados do Brasil irão oficiar os gestores das instituições públicas responsáveis pela fiscalização dos estabelecimentos, como o Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria de Vigilância Sanitária. A OAB irá cobrar o posicionamento destas instituições quanto ao cumprimento da legislação, garantindo que os vendedores ambulantes estejam em local adequado, de acordo com as normas de segurança. “É dever da Prefeitura observar questões como instalação elétrica, segurança…”, defende Aldo Fernandes.

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