Por Clerisvaldo B.
Chagas, 20 de abril de 2015 - Crônica Nº
1.412
Um jornalista,
em Minas Gerais, compara Aécio Neves com um Napoleão de hospício. Ele pode não
ser doido, mas que tem alguma coisa estranha na cabeça tem. Dar nojo em vê
aquela língua asquerosa, repugnante e nervosa falar mal do governo e da minha
querida presidenta.
Divulgação:
Fotolog.
Em
Santana do Ipanema, minha terra, o Café do senhor Maneca funcionava vizinho à
loja de tecidos do meu pai. Fui crescendo por ali, entre o Comércio e a Rua
Antônio Tavares aprendendo a respeitar o homem que vendia café e cerveja. Fazia
o melhor café da cidade, misturando o pó de primeira ao pó de segunda, dizia a
quem perguntava o sucesso do pretinho. Nunca o vi bêbado e nem demonstrando ter
bebido, a não ser em algumas atitudes estranhas.
O professor
Alberto Nepomuceno Agra, intelectual muito sério, certa vez chegou ao Café,
pediu um queijo e sentou-se à mesa a esperar. Maneca, que havia provado à
“marvada”, foi lá dentro, trouxe um queijo completo e colocou no pratinho na
mesa de Alberto, retirando-se. Com a surpresa, o cliente abriu os braços e
falou alto dizendo que havia pedido uma fatia de queijo. O comerciante retrucou
dizendo: “Você pediu um queijo e um café”. Outras iguais a essa
Maneca cansou de fazer.
A mais
conhecida é que certo vereador chegou ao estabelecimento e pediu um café. Todas
as mesas tinham um açucareiro permanente, de vidro. Enquanto o proprietário foi
pegar o café, o vereador colocava açúcar na mão e comia. Quando Maneca retornou
com o café fumegante, colocou a xícara à mesa, retirou o açucareiro e voltou ao
balcão. Cansado de esperar pelo dono, o edil foi ao balcão e perguntou pelo
açúcar. Maneca respondeu: “O senhor já comeu o açúcar quase todo; beba o
café amargo e dê uns pulinhos para misturar”.
Tenho
impressão de que, quando as coisas mudarem, inclusive já estão mudando, o
governo Dilma dará um jeito de retirar o açúcar da mesa do filhinho do papai,
azoado de Minas, como fez nas urnas. Aí eu quero ver novamente qual será a
reação do Napoleão de hospício.
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