domingo, 5 de abril de 2015

À ESPERA DO FIM

Por José Ribmar

À ESPERA DO FIM

Sou para os olhos do mundo
Que evita me olhar,
Aquele ser que caminha
Porque tem que caminhar.
Pelos caminhos do tempo
Sem história para contar
Solitário, cabisbaixo
Sem bagagem para levar,
Andando como quem anda
Sem pressa para chegar.
Sem ilusões para viver
Sem passado para lembrar,
Sem razões para ser feliz
Sem motivos para cantar,
Sem chorar, tendo de sobrar
Mil motivos pra chorar,
Ferido pelo silêncio
Proibido de falar,
Esperando sem querer
Obrigado a esperar
Infelizmente o comboio
Da morte para te levar.
José Ribamar, 05/04/ 2015.


Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

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