Por José Romero
Araújo Cardoso
Não existe
nada mais deprimente do que intromissão na vida particular de alguém. Achar-se
no direito de querer decidir por outra pessoa é mesquinho, nocivo e desumano.
Ninguém tem o direito de molestar e atormentar quem quer que seja por motivo de
nenhuma ordem ou fator.
A intromissão
nefanda pode causar problemas de mil e uma ordens, podendo facilmente causar
constrangimentos e dissabores que certamente irão se refletir tanto no
psicológico do interferido como nos processos de relações humanas.
Tentar decidir
qual prosseguimento deve ser dado na vida pessoal de alguém é inconstitucional
e humanamente inadmissível, pois cada um faz de sua vida o que bem quiser.
Invocando preceitos existenciais que não podem deixar de ser validados, tendo
em vista que a felicidade reside na liberdade.
Por que tem
algum grau de parentesco e se achar no “dever” de querer atrapalhar a relação a
dois é abominável, mesquinho, antiético e oralmente inaceitável, verdadeiro
atentado à dignidade humana.
Tanto o homem
como a mulher tem a primazia de manifestar certas atitudes desmerecedoras de
aplausos quando o relacionamento se acaba. O homem que interfere na vida
privada de sua ex companheira, e vice-versa, depois que a relação a dois
termina é indigno de qualquer manifestação de encômio.
A relação a
dois terminando cada um que vá para seu lugar, seguindo seu destino, caminhando
o dia-a-dia sem nenhuma atitude que desmereça sua condição de ser humano, pois
a vida particular a partir daí não diz respeito, em hipótese alguma, ao
antigo(a) companheiro(a).
Infelizmente
poucas pessoas possuem ética e moral suficientes para respeitar decisões que
não mais envolvam aquela pessoa com a qual manteve vínculos estreitos. Cada um
deve buscar recomeçar nova vida, não atrapalhando o recomeçar de quem, diversas
vezes, esteve marcado por traumas inenarráveis.
Quem atormenta
por pura maldade a vida particular de quem quer que seja deve ser condenado ao
fogo do inferno, na mais absoluta e literal expressão do termo. Obstacular a
pessoa em encontrar um novo amor é coisa intragável e desumana.
Não se pode
compreender e nem admitir, de forma alguma, atitudes negativas de quem não mais
faz parte de sua vida. A busca pela felicidade é algo que deve integrar
indelevelmente o objetivo de todo ser humano.
Paciência tem
limite e tenho certeza que ninguém ficaria feliz se verdadeira tormenta de
interferência estivesse integrando o cotidiano. Vida particular, nova vida a
dois, busca incessante por um novo caminho, desvinculado de verdadeira tsunami
de infortúnios pretéritos, são metas que devem permear todos que buscam novos
horizontes diferenciados de situações de angústia e sofrimento.
José Romero
Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor, Professor Adjunto da UERN.
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