Por Clerisvaldo B.
Chagas, 2 de março de 2015 - Crônica Nº
1.378
Ministrando
aulas de Geografia, abordávamos o assunto dos tipos de energia usados no mundo.
Na época, dizíamos que alguns desses tipos alternativos estavam apenas
engatinhando. Hoje, a realidade é outra com o avanço de pesquisas e as
experiências, mesmo assim o homem continua aprendendo, como no caso da energia
eólica, isto é, a energia produzida pelos ventos.
Parque Eólico Geribatu. Foto (divulgação).
O termo eólico vem
do latim aeolicus, que pertence a Éolo, o deus dos ventos na
mitologia grega. Desde a antiguidade essa energia baseada na força dos ventos,
é utilizada em moinhos e impulsão de velas de barcos. Com a evolução nas
pesquisas, chegamos a utilizá-la bem, a exemplo da energia solar que continua
sendo motivo de estudos. Aliás, todos os conjuntos residenciais feitos pelos
governos, nas três esferas, já deveriam ser entregues com energia solar e
assistência técnica.
O
Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta e regiões
mapeadas desses potenciais, inclusive, Alagoas com área no sertão. Vários
parques eólicos funcionam no país, incluindo o Nordeste, sendo com tendência de
ampliação, o que viria a aliviar a rede hidrelétrica do país, nossa principal
fonte energética. A energia dos ventos é considerada limpa e não depende de
seca e nem de chuvas. O que se fala até agora é sobre o ruído dos ventos nas
enormes hélices dos seus cata-ventos, coisa que não se aconselha moradia por
perto ou possível desvio de rota de aves migratórias.
Infelizmente a
cegueira de alguns, não consegue marcar as coisas positivas e de grande
relevância do país, noticiadas em pé de páginas, enquanto o supérfluo, o
negativo e o ridículo, assumem lugares de manchetes.
A inauguração
do parque eólico Brasil/Uruguai (Dilma/Mujica) o maior da América Latina, tem
potencial para ser uma segunda Itaipu, que já foi a maior hidrelétrica do
mundo. Esse é um dos maiores feitos dos últimos anos, ocasião em que o mundo
necessita de mais e mais energia para assegurar o desenvolvimento.
O esforço que
a imprensa faz para encobrir eventos dessa dimensão tenta deixar o brasileiro desinformado
para os valores do seu país. É mais fácil desviar o tema mostrando a bunda de
“A” ou de “B” que é “mais relevante” (as páginas estão cheias dessas coisas).
Infelizmente o Brasil ainda não se libertou da pecha que “não é um país sério”.
Como, se os próprios filhos contribuem para isso!
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