Por Clerisvaldo B.
Chagas, 16 de fevereiro de 2015 - Crônica Nº 1.
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O nosso sempre
professor Alberto Nepomuceno Agra, era sábio, rígido e muitas vezes enigmático.
Ex-pracinha, ex-diretor do Ginásio Santana, comerciante, fazendeiro, professor
de Geografia e intelectual, dizia: “Não elogie o homem”.
No momento,
ainda não estamos elogiando nada, apenas vendo o que se queria ver.
mapa político de alagoas. (geografia.blogspot.com).
Depois de uma
sucessão pífia de administradores ─ de acordo com alguma maldição lançada ao
Palácio dos Martírios ─ mudaram de palácio. Nada adiantou. E na boa história
das Alagoas, os feitos sem efeitos logo estarão sendo esquecidos. A poeira do
tempo vai encobrindo nomes de vaidosos, arrogantes, inexpressivos, deixando
apenas como caridade retratos em galerias que as novas gerações teimam em não
conhecer.
O que lavou as
mãos para os precatórios de tantos sofridos funcionários; o mesmo que retirou o
atendimento do Ipaseal Saúde do interior, causou muitas dores aos que teriam
que procurar atendimento médico somente na capital; passando semanas e até
meses na corrida maluca pela saúde, sem dinheiro de hospedagem e alimentação.
São esses
tipos de gestores que Alagoas não quer mais; insensível e indiferente que
esquece que o dinheiro do seu cargo é pago pela massa e, ao invés de se julgar
gerente do povo, julga-se um reizinho russo ou um barbudo cubano.
Tachado como
ineficaz, pelo também candidato na época, Benedito de Lira, Renan Filho pode
provar que Lira estava errado.
Muito jovem
ainda, o atual governador nesse pouco tempo à frente do executivo, mostrou que
está atento a todos os setores. O efeito do dinamismo na tentativa
organizacional começa a impressionar o povo, mesmo não tendo completado ainda o
teste dos cem dias.
Nos meus
tempos de apreciador de sinuca, ouvia o ditado de quem começava perdendo: “Não
existe ‘Senhor do Bom Começo’, mas ‘Senhor do Bonfim’, não é?” A frase tem
alguma semelhança com a do meu inesquecível professor.
Como disse,
ainda não estou elogiando ninguém. Mas, se o governador continuar com esse
fôlego, sensibilidade aos funcionários públicos e profunda vontade
administrativa geral, poderá quebrar a maldição que paira em nosso território.
Nesse caso uma
frase do meu saudoso pai poderá ser positiva para ele. “Administrador é
como cavalo bom, mora longe um dos outros”. Quem sabe!
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