POR FRANCISCO
DE PAULA MELO AGUIAR
JARDIM DE INFÂNCIA
No meu jardim
de infância,
Tinha uma
palmatória escondida,
Ação da
metodologia de ensino...
Pancadas nas
mãos para aprender a lição.
Eita mundo
cão,
Quem não
aprendia,
Matemática,
história, português, geografia,
Apanhava como
gente grande para dar a lição.
Era cassete
com as duas mãos,
Apanhava da
professora com raiva ou contente,
Com ou sem
razão...
E do colega
inteligente.
Todo e
qualquer planejamento,
Passava pela
régua ou palmatória,
Naquela época
“educacional”,
Para poder
contar sua história.
Não adiantava
ser bonzinho,
Tinha que ser
estudioso e educado,
Saber na ponta
da língua,
Tudo que lhe
fosse perguntado.
Os castigos e
punições aos coitados,
Dependia da
histeria da professora,
O bilhete em
termos de fuxico
Aos pais era
enviado.
Apanhava na
escola,
Não tinha outra
condição,
Chorava o
calvário da ida e da volta,
Para casa que
tinha outra punição.
Aqui o aluno
nunca tinha razão,
O aluno
aplicado batia sem pena,
A mando da
professora histérica...
Cena de
sofrimento e punição .
Em casa a
corda de agave,
Já o esperava
para completar,
Do dia de
aula, a aflição.
O pau cobria
com ou sem razão.
Aqui não tinha
choro,
Nem vela...
O nego podia
fazer promessa...
Tudo terminava
no couro.
Histeria de
ensinagem,
Metodologia do
medo...
Inclusão do
horror,
Principio e
fim daquela aprendizagem.
A criança
tinha tarefa escolar...
Tarefa do
dever de casa...
Saber tudo e
muito mais...
E ainda tinha
o que fazer no lar.
Tudo era
sofrimento,
Tortura
anunciada...
Com ou sem
argumento,
E a isso se
chama educação qualificada...
Era escola da
loucura...
Saber sem
viés...
Sem
fundamento...
Isso era
tortura.
Enviado pelo
escritor Francisco de Paula Melo Aguiar
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