Por Clerisvaldo B.
Chagas, 6 de maio de 2014 - Crônica Nº
1.182
Quando o IBGE
divulgou o Censo de 2010 e outros resultados, os números não surpreenderam. Não
surpreenderam, talvez, por causa das pesquisas e informações que o Instituto
costuma divulgar entre um censo geral e outro.
Povoado
Areias Brancas (foto: sertão24horas).
Quando o
Nordeste (diga-se zona canavieira) perdeu competitividade e foi à falência com
a cana-de-açúcar, o Sudeste iniciou o seu desenvolvimento, iniciando com o café
e pequenas indústrias de artigos comestíveis. O resultado neste início de
século XXI está bem visível diante de todos, com São Paulo e seu parque
industrial como carro-chefe.
Após aqueles
famosos êxodos nordestinos até a década de 70, cumpre informar a descoberta de
um novo Nordeste. Habitantes da região retornam do Sudeste para as capitais e
cidades médias, algumas com realidade diferente. A industrialização total ainda
não aconteceu, mas tudo é uma questão de tempo que teve início com as chamadas
ilhas ou polos de prosperidade em alguns estados dessa região. Não há dúvida de
que a indústria paulista ainda fala mais alto, cuja expansão periférica invadiu
Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais, principalmente.
A descoberta
do Nordeste por grandes empresas, pela melhora do seu poder aquisitivo, posição
estratégica para mercados africanos, mão de obra e terrenos mais baratos, além
do chamariz provocado pelos governos estaduais, vai povoando o solo nordestino
dos três maiores estados, com suas chaminés. Entretanto inúmeras indústrias
pulam a faixa do trio acima e preferem estrategicamente, estados menores que
também vão se industrializando.
O fato de
pequenas cidades nordestinas registrarem menor população, entre um censo e
outro, não nos parece tão relevante quanto o crescimento geral da região. Os
povoados e as pequenas cidades continuarão exercendo o papel de ligação entre
os sítios e as cidades mirins e essas, entre os povoados e as cidades maiores
em uma hierarquia bastante consolidada.
A tecnologia
no campo e a distribuição de renda fixam o homem que agora enviam seus filhos
para os estudos e os têm de volta como agrônomos, veterinários, zootécnicos,
empresários do agronegócio e assim por diante.
Sem otimismo
exagerado, nossos filhos e netos ainda verão um Nordeste rico justificando o
ENCOLHIMENTO E FIXAÇÃO.
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