segunda-feira, 5 de maio de 2014

CARNALITA

Por Clerisvaldo B. Chagas, 5 de maio de 2014 - Crônica Nº 1081

O Brasil é um grande país agrícola, mas importa mais de 90% de potássio, elemento essencial para a agricultura. Em nosso território encontramos esse mineral no estado de Sergipe e na Amazônia. Não é fácil a extração do potássio, tanto pela complexidade técnica, quanto pelos problemas ambientais. 

Carnalita

Os minérios que contêm esses elementos recebem denominações específicas como silvinita, carnalita, kainita, langbeinita, leonita, polihalita e silvita. Esses termos que parecem estranhos são comuns em Geologia e Mineralogia. Em Sergipe temos depósitos de carnalita e silvinita (silvita + halita).

O certo é que para o desenvolvimento da agricultura é preciso à utilização de vários minerais para enriquecer o solo, entre eles o potássio.

Está havendo uma disputa grande entre as cidades sergipanas de Capela e Japaratuba pelos benefícios financeiros que podem transformar aqueles dois municípios, cujos subsolos oferecem a carnalita. Em virtude disso, a Vale já atrasou o seu projeto que vem pronto desde 2009 e ainda não saiu do papel.

Ultimamente, parece ter havido um acordo entre os prefeitos dos dois municípios e uma animação da Vale que procura investir em Sergipe. Claro que a exploração de Carnalita e Silvinita, poderá reduzir a importação de potássio de países como Canadá e outros da Europa. Entretanto, tratando-se de mexer no subsolo, é preciso o sergipano ficar esperto, pois os exemplos do que fica depois estão espalhados pelo mundo.

O projeto sergipano envolve mais de quatro bilhões para produção de insumo para fertilizantes. Não é todo dia que se investe tanto no interior do Nordeste, mas diz o próprio sertanejo que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Todo cuidado é pouco com Carmelita quanto mais com CARNALITA.


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