Por Clerisvaldo B.
Chagas, 16 de abril de 2014 - Crônica Nº
1169
Diante da
situação em que estamos vivendo, principalmente no Brasil, vem à mente a
História Geral e um esforçado professor da minha terra. Costumava o professor
falar sobre o Código de Hamurabi, personagem que governou o I Império
Babilônico. Foi esse o primeiro conjunto de leis escritas dos povos do Oriente.
Aconteceu que em 1902, pesquisadores encontraram no Irã, restos de um monumento
de pedra em que estava escrito o Código de Hamurabi. Claro que essa descoberta
veio acompanhada de diversas informações sobre os povos da Mesopotâmia, suas
leis, modo de vida, hábitos e mesmo atividades do trabalho. Podemos, então,
notar algumas leis do Código de Hamurabi e fazer um comparativo entre os tempos
chamados bárbaros e o civilizado de hoje, cujas páginas da Imprensa brasileira
estão cobertas de sangue:
Ø Se
o homem cegou o olho de um homem livre, seu próprio será cego.
Ø Se
cegou o olho de um escravo ou quebrou-lhe um osso, pagará metade do seu valor.
Ø Se
uma taberneira, em cuja casa se reuniram malfeitores, não prendeu esse
malfeitores e não os conduziu ao palácio: essa taberneira será morta.
Ø Se
um homem tiver arrancado os dentes de um homem de sua categoria, os seus
próprios dentes serão arrancados.
Ø Se
um médico tratou, com faca de metal, a ferida grave de um homem e lhe causou a
morte ou lhe inutilizou o olho, as suas mãos serão cortadas.
Ø Se
um filho bateu em seu pai, cortarão sua mão.
Ø Se
um construtor fizer uma casa e esta não for sólida e caindo matar o dono, este
construtor será morto.
Ø Se
causou a morte do filho do dono da casa: matarão o filho desse construtor.
Ø Se
causou a morte de um escravo do dono da casa: ele dará ao dono da casa um
escravo equivalente.
Ø Se
causou a perda de bens móveis: compensarão tudo que fez perder. Além disso,
porque não fortificou a casa que construiu e ela caiu, deverá reconstruir a casa
que caiu com seus próprios recursos.
Diante do que
vimos, qual a sua opinião? E se o dirigente babilônico voltasse à vida no
Brasil, estudasse a violência e a impunidade, o que diria? Talvez só quem
pudesse responder fosse o próprio reencarnado, não é isso, compadre? E AGORA
HAMURABI?
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