Por Clerisvaldo
B. Chagas, 17 de fevereiro de 2014. - Crônica
Nº 1141
Os arreios pendurados na parede
Um carrinho brinquedo só de pau
Um menino tocando o berimbau
A novilha matando sua sede
Negro velho deitado numa rede
Os bois se esforçando no cambão
As sonoras batidas no pilão
Os trovões assombrando os tabuleiros
Fui criado pertinho dos vaqueiros
Vendo tudo que havia no sertão
Imagem
(arapirava.al.gov)
Eu
sentia o prazer das trovoadas
As pancadas das chuvas no telhado
O romper do gibão no alastrado
O amor da morena às madrugadas
Candeeiros brilhavam nas latadas
Nos forrós entre a pinga e o limão
O brilho do punhal na escuridão
Ou o rifle nas locas dos lajeiros
Fui criado pertinho dos vaqueiros
Vendo tudo que havia no sertão
Alvorada trazendo muita luz
O carão rodeando uma lagoa
Uma velha cantando faz a broa
Mesa grande com leite e com cuscuz
Uma reza ligeira pra Jesus
O balanço sutil do gavião
Um cavalo selado no mourão
O teiú rastejando os marmeleiros
Fui criado pertinho dos vaqueiros
Vendo tudo que havia no sertão
Vendo tudo que havia no sertão
As pancadas das chuvas no telhado
O romper do gibão no alastrado
O amor da morena às madrugadas
Candeeiros brilhavam nas latadas
Nos forrós entre a pinga e o limão
O brilho do punhal na escuridão
Ou o rifle nas locas dos lajeiros
Fui criado pertinho dos vaqueiros
Vendo tudo que havia no sertão
Alvorada trazendo muita luz
O carão rodeando uma lagoa
Uma velha cantando faz a broa
Mesa grande com leite e com cuscuz
Uma reza ligeira pra Jesus
O balanço sutil do gavião
Um cavalo selado no mourão
O teiú rastejando os marmeleiros
Fui criado pertinho dos vaqueiros
Vendo tudo que havia no sertão
Vendo tudo que havia no sertão
Imagem
(limacoelho.jor.br)
Mergulhei
nos Barreiros da fazenda
Enfrentei
faveleira, unha-de-gato
Tangi
emas comi carne de pato
Comprava
fiado numa venda
Namorava
debaixo da moenda
Cacei
onça e montei em barbatão
Só
não quis atirar de mosquetão
Pra
não ser mais um dos cangaceiros
Fui
criado pertinho dos vaqueiros
Vendo
tudo que havia no sertão
Era
o leite da vaca logo cedo
O
sol quente brilhando como o ouro
Uma
faca cortando sola e couro
Carcará
no pico do penedo
Umas
dez polegadas sem ter medo
Das
noites escuras do grotão
Era
a foice, a enxada, o levião
Tilintando
nas pedras dos aceiros
Fui
criado pertinho dos vaqueiros
Vendo
tudo que havia no sertão
A
moça mais bonita era açucena
O
esporte do homem a vaquejada
A
comida gostosa era a buchada
Toda
festa de santo era novena
Uma
légua bem braba era pequena
Quando
as pernas levavam o coração
Padre
Cícero, Gonzaga e Lampião
Ladainhas,
baiões e bandoleiros
Fui
criado pertinho dos vaqueiros
Vendo
tudo que havia no sertão
FIM
Se
você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
.jpg)


Nenhum comentário:
Postar um comentário