Por Clerisvaldo B.
Chagas, 13 de dezembro de 2013 - Crônica Nº
1105
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Defensor da natureza Padre Cícero Romão
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O ecologista
Vasconcelos Sobrinho, codificou os conselhos do padre Cícero Romão Batista
sobre a Natureza nordestina. Há muito desprotegida pela União, o que restava do
bioma de caatinga era ficar aguardando resultados de combates ao desmatamento
da Amazônia. Após a invasão dos estrangeiros ao Brasil, principalmente
portugueses, nossa tropa de choque, a Mata Atlântica ou Floresta Tropical, foi
sendo dizimada. Primeiro para fornecer madeira e tinta de qualidade, depois,
morrer pela pátria cedendo espaço aos extensos canaviais. Por trás da Mata
Atlântica, as vegetações de agreste e de caatinga, sem a proteção dos primeiros
soldados, começavam a serem atacadas sistematicamente, fases até com incentivo
governamental.
Inúmeros
motivos, aliados a ignorância e a falta de defesa, tosquiaram agrestes e
sertões, transformando imensas áreas em desertos e outras em formação. Prevendo
o desastre futuro sobre a região de caatinga, uma voz isolada aconselhava o
matuto indiferente, nas terras do Cariri e ecoava pelos quatro cantos
nordestinos:
1.
"Não toque fogo no roçado nem na caatinga;
2.
Não cace mais e deixe os bichos viverem;
3.
Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para
se refazer;
4.
Não plante em serras acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé; deixe o
mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca sua
riqueza;
5.
Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água da chuva;
6.
Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedras soltas;
7.
Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore
qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só;
8.
Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a
jurema; elas podem ajudar a você a conviver com a seca;
9.
Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o
gado melhorando e o povo terá sempre o que comer;
10 Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo, o sertão todo vai virar um
deserto".
Os exemplos
estão por todos os lados e os técnicos do governo correndo atrás do prejuízo.
Chegaram muito tarde os olhos preguiçosos de PROTEÇÃO À CAATINGA.
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito
Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou
para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº
238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante
Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi
o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco
mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no
Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo
Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo
seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio,
então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois
últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o
Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a
vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi
pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa,
tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas
iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de
Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de
Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos
Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE,
lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de
Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em
concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio
Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da
Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois
concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a
Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia,
Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros
estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas:
Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas,
São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro
fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio
Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º
teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador
de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi
cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por
duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do
SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da
ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na
Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do
Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em
sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu
trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como
romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do
Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto
Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983);
Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A
Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão
Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até
setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras
inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de
Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina,
História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do
Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve
crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
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